Um exemplar do mosquito Aedes aegypti - transmissor dos vírus da zika, dengue e chingungunha - foi identificado na cidade de Arica (2 mil km ao norte de Santiago), no primeiro registro do vetor no Chile continental em cerca de seis décadas, informaram nesta segunda-feira autoridades sanitárias.
"Trata-se de um 'Aedes aegypti', o que significa que temos que tomar mais precauções", afirmou a ministra da Saúde, Carmen Castillo, ao anunciar a descoberta, a primeira identificada desde a década de 1960 no Chile continental.
A funcionária destacou que "no Chile continental há experiência sanitária na erradicação do mosquito 'Aedes aegypti', que na mesma região (do país) foi erradicado com sucesso em 1963".
Desde então, o mosquito não era detectado no Chile devido às fronteiras naturais do país; o deserto do Atacama, o mais árido do mundo, localizado no norte do país, a cordilheira dos Andes e o oceano Pacífico, servem como barreiras para o inseto.
Na chilena ilha de Páscoa, no oceano Pacífico, a 3.500 km do continente, registrou-se a presença do mosquito causando milhares de casos de dengue e zika.
O mosquito poderia ter chegado em algum veículo vindo do exterior a Arica, cidade fronteiriça com o Peru e a Bolívia, disse a ministra.
As autoridades sanitárias anunciaram a mobilização de um sistema de vigilância no norte do país, com a finalidade de identificar a presença de mais mosquitos na região.
"A partir de amanhã será executado um plano preventivo para estabelecer a zona em que poderia haver a presença de larvas", sendo uma das primeiras medidas evitar deixar recipientes com água limpa parada, destacou o ministério em um comunicado.
Outras medidas previstas pelas autoridades sanitárias são fumigações em zonas afetadas e uma campanha de informação sobre como evitar a propagação do vetor.