O fotojornalista do Times Anthony Lloyd, sequestrado em 2014 junto a outro colga pelos rebeldes enquanto cobria o conflito na Síria, afirma que um de seus captores forma parte de um grupo de combatentes apoiado pelas forças americanas.
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Em um artigo publicado neste sábado (03) no Times, Lloyd explica que recentemente reconheceu a pessoa que atirou contra ele e o sequestrou em um vídeo que mostra combatentes rebeldes "pertencentes a um grupo apoiado pela CIA", a agência de inteligência americana.
Durante seu cativeiro, Anthony Lloyd foi baleado na perna e o fotógrafo Jack Hill foi duramente espancado, segundo o jornal britânico. Os dois jornalistas foram finalmente libertados por ordem de um comandante local rebelde.
TORTURA
"Atirou contra mim em meio a uma multidão de espectadores depois de ter me espancado selvagemente, acusando-me de ser um espião da CIA. Agora, pelo que parece, trabalha para ela", escreveu Lloyd, ressaltando que foi baleado duas vezes "quase à queima-roupa" e quando estava amarrado.
"Homens assim são os últimos aliados dos ocidentais contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria", acrescenta.
Os militares americanos lançaram no início de 2015 um programa de 500 milhões de dólares para formar e equipar combatentes sírios que lutassem contra o EI.