ESTUDO

Ausência de pais cria riscos para crianças

Crianças que tiveram pais ausentes nos primeiros meses de vida - seja por morte ou separação do casal - correm mais risco de fumar e consumir bebidas alcoólicas antes da adolescência, de acordo com um estudo

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Publicado em 11/10/2016 às 11:31
Foto: Cesar Ogata / SECOM
Crianças que tiveram pais ausentes nos primeiros meses de vida - seja por morte ou separação do casal - correm mais risco de fumar e consumir bebidas alcoólicas antes da adolescência, de acordo com um estudo - FOTO: Foto: Cesar Ogata / SECOM
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Crianças que tiveram pais ausentes nos primeiros meses de vida - seja por morte ou separação do casal - correm mais risco de fumar e consumir bebidas alcoólicas antes da adolescência, de acordo com um novo estudo liderado por cientistas do University College London (Reino Unido). Estudos anteriores já sugeriam que adversidades durante a infância têm impacto negativo na saúde física e mental quando os indivíduos chegam à idade adulta. A ausência dos pais também já havia sido ligada a um risco aumentado de uso de álcool e tabaco na adolescência e na idade adulta.

Ainda não havia sido esclarecido, entretanto, até que ponto a ausência dos pais na primeira infância era um fator de risco para o início ainda mais precoce de comportamentos pouco saudáveis. Não se sabia se os impactos na saúde da criança são diferentes quando a ausência é do pai ou da mãe, ou se variam segundo o sexo da criança, ou com a idade da perda. A "ausência parental" foi definida como a "perda" do pai ou da mãe antes de a criança completar 7 anos.

Cientistas obtiveram dados de quase 11 mil crianças

Os cientistas obtiveram dados de quase 11 mil crianças e constataram que mais de 25% delas haviam sofrido a "perda" de um dos pais até os 7 anos. A análise dos dados mostrou que, entre as crianças que tiveram pais ausentes antes dessa idade, a probabilidade de fumar antes dos 11 anos foi 100% maior, enquanto a probabilidade de beber álcool foi 46% maior. A maior parte das crianças não teve contato com o fumo até os 11 anos. Entre os que experimentaram, a maioria era de meninos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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