Um terremoto de 6,2 graus de magnitude sacudiu nesta sexta-feira (21) a região oeste do Japão, anunciou o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), que revisou o anúncio inicial de 6,6 graus de magnitude.
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As autoridades não indicaram um risco de tsunami após o terremoto, registrado a uma profundidade de 10 quilômetros às 14H00 (3H00 de Brasília) no município de Tottori.
O aeroporto da região suspendeu as operações, informou o canal de televisão público NHK, que também mencionou tremores secundários.
"Percebemos abalos muito fortes, acredito que os mais fortes em anos", afirmou Suminori Sakinada, funcionário da prefeitura de Tottori, à AFP.
Feridos
O canal NHK anunciou que oito pessoas ficaram levemente feridas. A emissora interrompeu a programação habitual para dedicar-se à cobertura do terremoto.
"O número de emergências, 119, recebeu muitas ligações", destacou a agência Kyodo.
Nas próximas horas e dias podem ser registrados tremores secundários que afetariam edifícios e construções já fragilizados pelo primeiro terremoto.
"Trabalhamos em estreita colaboração com as localidades afetadas e ordenamos que as informações sobre a retirada dos moradores e os danos sejam comunicadas o mais rápido possível aos cidadãos", escreveu no Twitter o primeiro-ministro Shinzo Abe.
Vários focos de incêndio foram registrados e uma casa desabou, informou a NHK que, por meio de sua rede de câmeras automáticas, que são ativadas com os terremotos, conseguiu rapidamente exibir imagens de edifícios balançando em Tottoti.
O terremoto foi sentido em metade da ilha de Honshu, até Tóquio.
Até o momento nenhuma anomalia foi constatada nas instalações nucleares das regiões afetadas, de acordo com a NHK e o site da Autoridade de Regulamentação Nuclear.
O tráfego de trens de alta velocidade entre Tóquio e Osaka foi paralisado nos dois sentidos.
Também foram registrados cortes de energia elétrica. O fornecimento de água e gás pode ser interrompido em alguns pontos, advertiu a emissora.
O Japão, que se encontra no cruzamento de quatro placas tectônicas, é cenário a cada ano de mais de 20% dos terremotos mais fortes registrados no mundo.
Os japoneses são ainda mais conscientes dos riscos desde o tsunami de março de 2011 que deixou quase 18.500 mortos, além de ter provocado o acidente nuclear de Fukushima.
O arquipélago nipônico registrou em abril uma série de terremotos na região de Kumamoto (sudoeste) que deixaram 50 mortos.