Acordo da Paz

Santos dedica Nobel da Paz às vítimas e negociadores, incluindo os das Farc

Santos também declarou que acordo com as Farc é um modelo para países em guerra, como a Síria

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Publicado em 10/12/2016 às 10:04
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Santos também declarou que acordo com as Farc é um modelo para países em guerra, como a Síria - FOTO: FOTO: HAAKON MOSVOLD LARSEN / NTB SCANPIX / AFP
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O presidente colombiano Juan Manuel Santos recebeu neste sábado o Prêmio Nobel da Paz e os dedicou às vítimas do conflito em seu país, assim como às Forças Armadas e aos negociadores do governo e os das guerrilhas das Farc.

Santos agradeceu em seu discurso ao apoio da comunidade internacional, em particular da Noruega, Cuba, Chile, Venezuela, Estados Unidos e União Europeia, para acabar com um conflito de mais de meio século.

Ele também afirmou que o povo da Colômbia, com o apoio de amigos em todo o planeta, está tornando possível o impossível.

"A guerra que causou tanto sofrimento e angústia a nossa população, ao longo e por todo nosso belo país, acabou", acrescentou, taxativo, o presidente entre aplausos do público.

O presidente colombiano também afirmou que o acordo com as Farc é um modelo para países em guerra, como a Síria.

Santos recordou a frustração que representou a vitória do "não" no referendo convocado para legitimar o acordo de paz assinado com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Referência a Gabriel Garcia Marques

Este fato recordou a ele, disse, uma passagem do livro "Cem Anos de Solidão", do Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, seu compatriota. 

"Os colombianos nos sentimos como habitantes de Macondo: um lugar não apenas mágico, como também contraditório".

"Eu me propus converter este revés em uma oportunidade", afirmou, reafirmando que a concessão do Nobel da Paz foi "um presente dos céus".

"Em um momento em que nosso barco parecida ir à deriva, o Prêmio Nobel foi o vento de popa que nos impulsionou para chegar a nosso destino: o porto da paz!".

"E conseguimos. Chegamos ao porto!".

"O impossível pode ser possível", acrescentou, lançando uma pergunta: se conseguimos aqui, por que não se pode conseguir no resto do mundo?

Ele também pediu que se retome a guerra mundial contra as drogas.

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