Para Erdogan e Putin, violações do cessar-fogo em Aleppo devem parar

Turquia, Rússia e grupos rebeldes firmaram acordo que os civis e os combatentes insurgentes abandonassem Aleppo
AFP
Publicado em 14/12/2016 às 19:23
Turquia, Rússia e grupos rebeldes firmaram acordo que os civis e os combatentes insurgentes abandonassem Aleppo Foto: Foto: OZAN KOSE / AFP


O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e seu contraparte russo, Vladimir Putin, concordaram nesta quarta-feira (14) em que as violações ao cessar-fogo na cidade síria de Aleppo devem parar - disseram fontes da Presidência turca.

"Em um telefonema, reforçaram que o acordo de cessar-fogo alcançado ontem [terça-feira] à noite deveria ser implementado [e] as violações do pacto deveriam cessar", relataram as fontes.

O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, confirmou à agência estatal Ria Novosti que o telefonema ocorreu.

Turquia, Rússia e os grupos rebeldes sírios firmaram na terça-feira (13) um acordo para que os civis e os combatentes insurgentes abandonassem Aleppo.

Se tivesse sido confirmado, o acordo significaria o fim da resistência da oposição na segunda cidade da Síria, depois de anos de combate, e uma grande vitória do governo de Bashar al-Assad.

O cessar-fogo durou apenas algumas horas, com Damasco retomando seus bombardeios aéreos e os tiros de artilharia já nesta quarta.

No telefonema, os presidentes reafirmaram seu compromisso de começar a evacuação dos civis e os combatentes rebeldes, através de corredores humanitários, "logo que for possível", acrescentaram as fontes turcas.

Erdogan disse a Putin que Ancara está disposta a tomar todas as medidas necessárias para oferecer ajuda humanitária e abrigo temporário, após a abertura de corredores humanitários, completaram as mesmas fontes.

Em 27 de dezembro, Turquia, Irã e Rússia se reúnem em Moscou para estudar uma solução política para a guerra na Síria, acrescentou Ancara.

"Estamos nos esforçando para garantir um cessar-fogo no país e para que comecem negociações para uma solução política", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, à rede de televisão TGRT Haber.

"No final do mês, em 27 de dezembro, em Moscou, teremos uma reunião tripartite", declarou.

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