Milhares de pessoas se manifestam na Polônia 'pela liberdade'

Sindicatos de professores e representantes de diferentes autoridades locais participaram desta "Marcha da liberdade", organizada pelo partido da oposição
AFP
Publicado em 06/05/2017 às 17:48
Sindicatos de professores e representantes de diferentes autoridades locais participaram desta "Marcha da liberdade", organizada pelo partido da oposição Foto: FOTO: AFP


Milhares de pessoas saíram às ruas de Varsóvia neste sábado para "defender a liberdade" ameaçada, segundo elas, pelo poder do nacionalista conservador Jaroslaw Kaczynski, constataram jornalistas da AFP.

"Queremos uma Polônia democrática, pró-europeia, orgulhosa, que busca na União Europeia amigos e sócios e não inimigos", declarou ante os manifestantes Grzegorz Schetyna, líder do principal partido da oposição, o centrista Plataforma Cívica (PO).

Representantes de outras formações opositoras, sindicatos de professores e representantes de diferentes autoridades locais também participaram desta "Marcha da liberdade", organizada pelo PO.

Os manifestantes se reuniram diante da prefeitura de Varsóvia, antes de percorrerem 2,5 km ao longo da principal avenida do centro da capital polonesa, até a praça da Constituição.

Segundo a prefeitura de Varsóvia, governada pela Plataforma Cívica, 70.000 pessoas participaram da marcha. Segundo a polícia, foram 9.000.

Muitos manifestantes balançavam bandeiras nacionais e da União Europeia.

Jaroslaw Kaczynski, chefe do partido Direito e Justiça (PiS), no poder, assegurou antes da manifestação, em Szczecin (noroeste), que "a liberdade está presente (na Polônia) em todas as dimensões praticadas nos países democráticos".

Série de leis e medidas dos conservadores

O protesto chega após uma série de leis e medidas dos conservadores contra o Tribunal Constitucional, o sistema judicial, a democracia local, a educação, o meio ambiente, a função pública, os meios de comunicação e outras instituições democráticas, que causaram preocupação na União Europeia.

A Comissão Europeia advertiu em várias ocasiões o governo polonês de que algumas das suas reformas atentavam contra o Estado de Direito.

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