O governo etíope cancelou os procedimentos de adoção para as famílias estrangeiras, fazendo com que dezenas de pessoas não pudessem se reunir com as crianças que já haviam adotado, informaram nesta sexta-feira fontes de quatro embaixadas ocidentais, cujos cidadãos foram afetados pelas medidas.
Centenas de solicitações de adoção que não foram completamente analisadas ficaram em suspenso, deixando na incerteza famílias que já haviam investido milhares de euros em procedimentos que podem durar anos, segundo a mesma fonte.
Contactada pela AFP, uma porta-voz do Ministério etíope da Mulher, Criança e Juventude se negou a confirmar ou comentar a medida que, segundo os diplomatas, está em vigor desde 21 de abril.
A Etiópia é um destino comum para as famílias estrangeiras que desejam adotar. O sistema de adoção do país já foi acusado de incluir crianças que não são órfãs, levando as embaixadas estrangeiras a instaurar as suas próprias regras para se assegurar de que nenhuma criança com pais seja adotada.