Cúpula

Cúpula da Aliança do Pacífico busca abrir portas para novos países

A Aliança do Pacífico realiza sua 12ª cúpula, desta vez na cidade colombiana de Cali, em busca de novos sócios para fechar acordos comerciais.

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 28/06/2017 às 13:55
Foto: Reprodução/Flickr/Alianza del Pacífico
A Aliança do Pacífico realiza sua 12ª cúpula, desta vez na cidade colombiana de Cali, em busca de novos sócios para fechar acordos comerciais. - FOTO: Foto: Reprodução/Flickr/Alianza del Pacífico
Leitura:

Entre quinta e sexta-feiras, a Aliança do Pacífico realiza sua 12ª cúpula, desta vez na cidade colombiana de Cali, em busca de novos sócios para fechar acordos comerciais e se consolidar como bloco regional.

No encontro, que reúne os presidentes de seus quatro membros (Chile, Colômbia, Peru e México), está prevista a criação da categoria de "Estados associados". Essa nova rubrica será uma classe intermediária entre os 52 países observadores  - com quem a Aliança mantém vínculo de cooperação - e as nações integrantes.

"Estamos discutindo a possibilidade de criar acordos comerciais com países que, há muito tempo, manifestaram seu interesse em integrarem a Aliança do Pacífico", afirmou a diretora de Mecanismos de Coordenação e Integração Regional da Chancelaria colombiana, Adriana Mendoza, em um comunicado à imprensa.

Os países observadores que quiserem se integrar à Aliança deverão ser convidados por uma das partes, ou manifestar seu desejo e assinar um plano de gestão. Os membros vão analisar se eles poderão ser incluídos na instituição e se são capazes de cumprir os compromissos assumidos pelo bloco, explicou Adriana.

As diretrizes para essa nova categoria foram aprovadas no começo do mês pelo Conselho de Ministros do México, o qual também avaliou a entrada de Eslovênia, Croácia e Lituânia como observadores.

Já em março o ministro chileno das Relações Exteriores, Heraldo Muñoz, havia anunciado a decisão do quarteto de buscar novos mercados na zona da Ásia e do Pacífico. No momento, o Chile ocupa a presidência rotativa da Aliança.

"Estamos concentrados, basicamente, em integração econômica e comercial, mas principalmente em nos aliarmos para conseguir fazer uma entrada de sucesso nos mercados asiáticos juntos", justificou Mendoza.

Criada em abril de 2011 e formalizada em julho de 2012, quando tomada em seu conjunto, a Aliança do Pacífico é a oitava economia do mundo. Seus membros somam 55% do comércio exterior, 41% do investimento estrangeiro direto e 35% do Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina.

Colômbia vai assumir presidência

A reunião dos presidentes Michelle Bachelet, do Chile, Juan Manuel Santos, da Colômbia, Enrique Peña Nieto, do México, e Pedro Pablo Kuczynski, do Peru, também reflete os avanços do bloco e "os desafios à frente para crescer como figuras relevantes no cenário internacional", afirmou a Chancelaria colombiana em nota.

Os chefes de Estado se reúnem nesta sexta-feira (30), quando assinam a Declaração de Santiago de Cali. O documento marcará os compromissos que vão orientar o grupo no próximo ano.

Na última reunião de cúpula, em Puerto Varas, no Chile, em julho passado, o país anfitrião assumiu a presidência temporária da Aliança. O cargo será passado à Colômbia no encontro desta semana. O mandato é de um ano.

Já nesta quinta (29), um conselho de ministros das Relações Exteriores e do Comércio Exterior das quatro nações vai se reunir. Mais tarde, eles encontrarão seus colegas de países observadores como Paraguai, Nova Zelândia, Austrália e Canadá.

Em um evento paralelo, mais de 500 empresários vão participar do IV Encontro Empresarial da Aliança do Pacífico.

Os organizadores esperam que Cali, a terceira maior cidade da Colômbia, receba cerca de 1.500 pessoas nesses dias.

Últimas notícias