Mulheres com gengivite crônica têm mais chances de apresentar câncer

As mulheres na menopausa que sofrem infecção crônica na gengiva têm 14% mais chance de desenvolver um câncer, especialmente do esôfago
AFP
Publicado em 01/08/2017 às 9:52
As mulheres na menopausa que sofrem infecção crônica na gengiva têm 14% mais chance de desenvolver um câncer, especialmente do esôfago Foto: Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil


As mulheres na menopausa que sofrem infecção crônica na gengiva têm 14% mais chance de desenvolver um câncer, especialmente do esôfago, que é mais de três vezes mais frequente neste grupo, mostra um estudo publicado nesta terça-feira (1).

Os pesquisadores, cujo trabalho foi publicado na revista médica "Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention", também constataram que essas mulheres tinham um risco significativamente maior de câncer de pulmão, mama, vesícula biliar e melanoma, um tumor de pele agressivo.

Estudo foi realizado entre 1999 e 2013

O estudo foi realizado entre 1999 e 2013, com mais de 65.000 mulheres com entre 54 e 86 anos que responderam a um questionário sobre a sua saúde durante um período de acompanhamento de oito anos, em média.

Estudos anteriores já haviam sugerido que as pessoas com doença periodontal eram mais propensas a desenvolver certos tipos de câncer.

Mas este estudo é o primeiro a se concentrar especificamente sobre esta infecção crônica das gengiva para todos os tipos de câncer em uma população de mulheres mais velhas, ressalta o Dr. Jean Wactawski-Wende, decano da faculdade de saúde pública da Universidade do Estado de Nova York em Buffalo, principal autor do estudo.

No entanto, mais estudos são necessários para determinar exatamente como a doença periodontal pode provocar câncer, estima.

De acordo com uma hipótese, as bactérias da placa bacteriana ou saliva poderia acabar na corrente sanguínea.

O maior risco de câncer de esôfago pode ser explicado pela sua proximidade com a boca, observa Dr. Wactawski-Wende.

A doença periodontal afeta o dente e destrói os tecidos de apoio, gengiva e osso. Esta patologia é bastante lenta e evolui ao longo de várias décadas.

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