O grupo farmacêutico americano Johnson & Johnson foi condenado, nessa segunda-feira (21), a pagar 417 milhões de dólares de indenização a uma mulher de 63 anos, que alegou que o uso do talco da marca lhe provocou câncer de ovário, segundo uma fonte judicial.
O júri de um tribunal de Los Angeles decidiu pelo pagamento de 70 milhões de dólares em compensações financeiras e 347 milhões em indenizações punitivas a Eva Echeverría, por considerar que a J&J não informou dos riscos vinculados ao uso do talco, que ela começou a usar aos 11 anos de idade. O câncer de Echeverría foi detectado em 2007.
A J&J enfrenta, ao todo, cerca de 4.800 processos pelo mesmo motivo e, até agora, foi declarada culpado em cinco ocasiões, ainda que tenha vencido um caso em março passado.
Leia Também
- Morre Spencer Johnson, autor de 'Quem Mexeu no Meu Queijo?'
- Johnson & Johnson anuncia promoção em todo o Brasil
- Johnson & Johnson com nova política mundial de licença parental
- Bebê com síndrome de down em comercial da Johnson's emociona a web
- Bellucci perde final do torneio de Houston para Steve Johnson
Condenação
Com a derrota judicial de segunda, o grupo foi condenado a pagar 720 milhões de dólares.
"Vamos apelar do veredito porque nos baseamos na ciência que afirma que o talco para bebês da Johnson & Johnson é seguro", disse um porta-voz da J&J em mensagem à AFP.
A principal base da empresa é um estudo do Instituto do Câncer dos Estados Unidos que afirma que "as provas não apoiam uma correlação entre uma exposição ao talco na zona do períneo e um risco mais alto de contrair câncer de ovários".
"Nos preparamos para outros julgamentos nos Estados Unidos e continuaremos defendendo a segurança do talco para bebês", completou a porta-voz.