SAÚDE

J&J condenada a pagar US$ 417 mi de indenização por talco

A J&J enfrenta, ao todo, cerca de 4.800 processos pelo mesmo motivo e, até agora, foi declarada culpado em cinco ocasiões

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Publicado em 22/08/2017 às 16:00
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A J&J enfrenta, ao todo, cerca de 4.800 processos pelo mesmo motivo e, até agora, foi declarada culpado em cinco ocasiões - FOTO: Foto: FREDERIC J. BROWN / AFP
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O grupo farmacêutico americano Johnson & Johnson foi condenado, nessa segunda-feira (21), a pagar 417 milhões de dólares de indenização a uma mulher de 63 anos, que alegou que o uso do talco da marca lhe provocou câncer de ovário, segundo uma fonte judicial. 

O júri de um tribunal de Los Angeles decidiu pelo pagamento de 70 milhões de dólares em compensações financeiras e 347 milhões em indenizações punitivas a Eva Echeverría, por considerar que a J&J não informou dos riscos vinculados ao uso do talco, que ela começou a usar aos 11 anos de idade. O câncer de Echeverría foi detectado em 2007. 

A J&J enfrenta, ao todo, cerca de 4.800 processos pelo mesmo motivo e, até agora, foi declarada culpado em cinco ocasiões, ainda que tenha vencido um caso em março passado. 

Condenação

Com a derrota judicial de segunda, o grupo foi condenado a pagar 720 milhões de dólares. 

"Vamos apelar do veredito porque nos baseamos na ciência que afirma que o talco para bebês da Johnson & Johnson é seguro", disse um porta-voz da J&J em mensagem à AFP. 

A principal base da empresa é um estudo do Instituto do Câncer dos Estados Unidos que afirma que "as provas não apoiam uma correlação entre uma exposição ao talco na zona do períneo e um risco mais alto de contrair câncer de ovários". 

"Nos preparamos para outros julgamentos nos Estados Unidos e continuaremos defendendo a segurança do talco para bebês", completou a porta-voz. 

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