O comandante da Sétima Frota da Marinha dos Estados Unidos será suspenso de suas funções após a colisão entre um destróier e um petroleiro, o segundo acidente de um navio de guerra americano em poucos meses, que deixou 10 marinheiros desaparecidos e cinco feridos, anunciou uma fonte do Departamento de Defesa.
A decisão de destituir o vice-almirante Joseph Aucoin de seu posto no Japão foi tomada após uma investigação sobre o choque na segunda-feira entre o destróier "USS John S. McCain" e um petroleiro liberiano em Cingapura.
A Sétima Frota, integrada por navios, submarinos e aviões, é o elemento central da presença militar americana na Ásia, que realiza missões em áreas sensíveis como o Mar do Sul da China e ao redor da península coreana.
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O almirante Aucoin é o comandante da frota dos EUA desde setembro de 2015 e está na Marinha desde 1980.
Este foi o segundo incidente com um navio de guerra americano em dois meses e o quarto acidente no Pacífico com um navio militar em 2017.
Em 17 de junho, sete marinheiros morreram em um acidente entre o destróier "USS Fitzgerald", que também integrava a Sétima Frota, e um porta-contêineres filipino na costa da cidade japonesa de Yokosuka.
Os incidentes provocaram dúvidas sobre uma possível utilização excessiva dos recursos da Marinha americana na Ásia.
O último acidente aconteceu durante a madrugada de segunda-feira em uma faixa marítima de muito movimento, perto do estreito de Cingapura. A colisão provocou a entrada de água no destróier.
Os mergulhadores que procuram os 10 marinheiros desaparecidos localizaram restos humanos nos compartimentos inundados do destróier.
As autoridades da Malásia, um dos três países que participam nas buscas, também encontraram um corpo, que foi transferido à Marinha americana para a identificação.
Durante a semana, os comandantes terão que tirar "talvez um ou dois dias" para fazer uma "exaustiva revisão" das medidas de segurança e reavaliar suas práticas, afirmou o almirante John Richardson, responsável pelas operações navais americanas.
O militar não descartou a possibilidade de que a colisão do "USS John S. McCain" tenha sido provocada por um fator externo ou um ciberataque.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, prometeu uma "investigação profunda de todos os acidentes e incidentes no mar para examinar todos os fatores, não apenas os fatores imediatos".