Turquia

Turquia demite mais 928 funcionários e fecha dois jornais curdos

Turquia demitiu militares, acadêmicos e funcionários municipais e do Ministério de Justiça

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Publicado em 25/08/2017 às 8:49
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Turquia demitiu militares, acadêmicos e funcionários municipais e do Ministério de Justiça - FOTO: Foto: AFP
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O Governo da Turquia emitiu nesta sexta-feira (25) dois decretos pelos quais demite 928 funcionários, fecha dois jornais pró-curdos e cria um órgão de coordenação dos serviços de inteligência, sob o controle do presidente Recep Tayyip Erdogan. As informações são da agência EFE.

Essas medidas, publicadas hoje no Boletim Oficial (o Diário Oficial turco), foram editadas com o amparo do Estado de Emergência estabelecido no país após a tentativa frustrada de golpe em julho do ano passado e que permite ao Executivo governar por decretos que só serão debatidos no Parlamento 30 dias após a aprovação.

Segundo o decreto, os 928 trabalhadores públicos foram demitidos por vínculo com "organizações terroristas, estruturas ou grupos" que são considerados um risco para segurança nacional.

Entre os demitidos, estão 205 militares, 120 funcionários do Ministério de Justiça, 120 acadêmicos de diferentes universidades e 166 empregados municipais, a maioria no sudeste do país, onde se concentra a população curda.

Essas 928 pessoas se unem aos 140 mil funcionários públicos que foram suspensos ou demitidos no último ano acusados de pertencer à guerrilha curda do Partido dos trabalhadores do Curdistão (PKK) ou à confraria do clérigo islamita Fethullah Gülen, a quem o governo acusa de organizar a tentativa de golpe de Estado.

Por outro lado, os decretos anunciam a contratação de 32 mil novos membros das forças de segurança e 4 mil juízes.

A oposição acusa o islamita Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP) de governar mediante decretos, evitando assim o controle parlamentar.

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