ESTUDANTES

Nigerianas se reúnem com famílias após sequestro pelo Boko Haram

As 105 meninas chegaram em cinco ônibus a Dapchi e foram recebidas por seus pais na escola onde foram capturadas em 19 de fevereiro

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Publicado em 25/03/2018 às 2:31
Foto: PHILIP OJISUA / AFP
As 105 meninas chegaram em cinco ônibus a Dapchi e foram recebidas por seus pais na escola onde foram capturadas em 19 de fevereiro - FOTO: Foto: PHILIP OJISUA / AFP
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As estudantes sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram em Dapchi, nordeste da Nigéria, se reuniram com suas famílias neste domingo (25) depois de passarem quase cinco semanas em cativeiro.

As 105 meninas chegaram em cinco ônibus a Dapchi, no estado de Yobe, e foram recebidas por seus pais na escola de onde foram capturadas em 19 de fevereiro.

Após a sua libertação na quarta-feira, elas passaram três dias na capital Abuja e foram recebidas pelo presidente Muhammadu Buhari.

Kachalla Bukar, pai de uma das meninas e porta-voz das famílias, disse que elas foram levadas para Maiduguri de partir de Abuja, e em seguida transferidas com uma escolta militar para Dapchi.

Oficiais de alto escalão participaram de uma cerimônia solene na qual os pais recuperaram suas filhas.

"Minha alegria não tem limites", afirmou Mai Saleh Gaji à AFP, após se reunir com sua filha e sua neta. "O pesadelo do sequestro não me impedirá de mandá-los para a escola", acrescentou.

Mas para Ali Gashomu, o sequestro de sua filha poucas horas depois ser matriculada na escola pela primeira vez o deixou "traumatizados e aterrorizado". Ele está indeciso sobre o retorno dela. 

O ministro da Informação, Lai Mohammed, explicou que as meninas foram libertadas após negociações com os insurgentes e que nenhum pagamento de resgate ou troca de prisioneiros foi realizado.

"Tudo o que eles exigiram foi um cessar-fogo que abriria um corredor seguro para o retorno das meninas", declarou neste domingo, acrescentando que a trégua de uma semana começou em 19 de março.

Meninas estavam entre 111 capturadas pelo Boko Haram

As meninas estavam entre as 111 capturadas no mês passado, das quais cinco morreram aparentemente durante a violenta tomada de reféns, ou nos caminhões que as levaram embora.

Apesar da libertação, resta uma estudante, Leah Sharibu, nas mãos dos sequestradores, supostamente porque ela é cristã e se recusou a se converter ao Islã.

Buhari prometeu na sexta-feira fazer "tudo que estiver ao nosso alcance" para conseguir a liberdade de Leah.

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