América Latina

Macri diz que Argentina manterá reivindicação pelas Malvinas

Atos organizados foram realizados para homenagear os soldados mortos na Guerra das Malvinas

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Publicado em 02/04/2018 às 20:27
Foto: Eitan Abramovich  / AFP
Atos organizados foram realizados para homenagear os soldados mortos na Guerra das Malvinas - FOTO: Foto: Eitan Abramovich / AFP
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O presidente da Argentina, Mauricio Macri, sustentou nesta segunda-feira (2) que continuará firme na reivindicação pela soberania das Malvinas, 36 anos após a guerra com a Grã-Bretanha pela posse das ilhas.

"Vamos continuar reivindicando o que acreditamos ser legítimo e que nos pertence: a soberania das Ilhas Malvinas", declarou Macri em um ato na residência oficial de Olivos (periferia norte) diante de veteranos de guerra e familiares de falecidos, segundo um comunicado oficial.

Atos organizados por um governo provincial, ex-combatentes e partidos de esquerda foram realizados também para homenagear os soldados mortos.

No Dia do Veterano e dos Mortos, milhares de pessoas participaram da cerimônia principal na cidade de Río Grande, na província de Tierra del Fuego, 3.000 quilômetros ao sul de Buenos Aires, segundo canais de TV e sites da imprensa.

Cerca de 100 membros da organização de extrema esquerda "Quebracho" marcharam pela capital até a embaixada do Reino Unido, onde queimaram uma bandeira britânica.

"Vão se retirar (os britânicos). A guerra não acabou e quem briga não está morto", disse à AFP-Televisão o veterano de guerra Norberto Caraciebich, participante da marcha convocada sob o lema "Malvinas anti-imperialistas".

Familiares de mortos visitam cemitério nas Malvinas

Familiares de argentinos mortos nas ilhas puderam visitar há uma semana o cemitério de Darwin nas Malvinas, onde a Cruz Vermelha e a Equipe Argentina de Antropologia Forense identificaram restos mortais de alguns soldados mediante exames de DNA.

Em torno de 200 familiares viajaram em um voo organizado pela diplomacia dos dois países. No total, há 237 sepulturas de argentinos em Darwin. Ainda restam 31 túmulos com soldados não identificados. A Argentina sofreu 649 baixas na guerra de 1982 e o Reino Unido, 255, durante 74 dias de confrontos bélicos.

Em uma carta crítica divulgada pelas redes sociais, a organização "Familiares pela Identidade" declarou que "houve discriminação na viagem ao deixarem de fora irmãos e pais de alguns soldados" e pediu que atendessem o caso de 10 famílias comunicadas que "seus parentes não aparecem como enterrados em Darwin".

A Argentina perdeu o controle das ilhas em 1833, ocupadas pelo Exército britânico. Em 1982, tropas do ditador argentino Leopoldo Galtieri (1981-1982) foram derrotadas na guerra. Buenos Aires quer que Londres cumpra resoluções da ONU para negociar a soberania do arquipélago.

A Grã-Bretanha se nega, argumentando que a população de quase 3.000 pessoas decidiu manter a cidadania britânica em um referendo realizado em 2013.

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