UNIÃO EUROPEIA

Merkel: acordo nuclear com Irã não é perfeito mas defende permanência

Em jantar informal, os chefes de Estado e de Governo da UE concordaram em respeitar seus compromissos com o Irã, desde que o respeito seja recíproco

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Publicado em 17/05/2018 às 7:35
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Em jantar informal, os chefes de Estado e de Governo da UE concordaram em respeitar seus compromissos com o Irã, desde que o respeito seja recíproco - FOTO: Foto: AFP
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Os países da União Europeia (UE) concordam que o acordo nuclear com o Irã, abandonado no início do mês pelos Estados Unidos, não é perfeito, afirmou a chanceler alemã Angela Merkel.

"Todos na UE compartilham a opinião de que o acordo não é perfeito, mas que deveríamos permanecer neste acordo", completou Merkel em Sófia, antes da reunião de líderes europeus e governantes da região dos Bálcãs Ocidentais.

Em um jantar informal na quarta-feira (16), os chefes de Estado e de Governo da UE concordaram em respeitar seus compromissos com o Irã, desde que Teerã também respeite o acordo. Ao mesmo tempo, os europeus reconheceram alguns dos temores que levaram Washington a abandonar o pacto assinado em 2015, disse uma fonte europeia.

Os europeus concordariam, por exemplo, em "continuar negociando com o Irã com base em outras questões como o programa de mísseis balísticos", afirmou a chefe de Governo da Alemanha, um dos três países europeus signatários do acordo.

Suspensão de programa nuclear

Teerã se comprometeu em 2015 com o grupo de potências 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha) a suspender seu programa nuclear até 2025, em troca da suspensão das sanções internacionais.

O acordo de 2015 "precisa ser completado com um acordo sobre a questão nuclear pós-2025, um acordo sobre as atividades balísticas e a presença regional", reiterou o presidente francês, Emmanuel Macron.

"Entendemos que o Irã desestabiliza a região", afirmou a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, em uma declaração que ressalta uma das críticas do presidente americano, Donald Trump, sobre o papel do regime xiita iraniano no apoio ao Hezbollah no Líbano ou como aliado do regime de Bashar al-Assad na guerra na Síria.

A "posição de unidade" estabelecida pela UE também  inclui o início dos trabalhos para buscar uma proteção às empresas europeias aos efeitos do retorno das sanções americanas contra o Irã.

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