Venezuela

Com abstenção de 53,98%, Maduro é reeleito com 6,1 milhões de votos

Participação de eleitores no pleito foi uma das mais baixas da história venezuelana

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Publicado em 21/05/2018 às 15:58
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Participação de eleitores no pleito foi uma das mais baixas da história venezuelana - FOTO: Foto: AFP
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, obteve 6,1 milhões de votos na eleição deste domingo (20) e governará o país por mais seis anos. Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 20,5 milhões de venezuelanos estavam convocados a participar do pleito, e o índice de abstenção ficou em 53,98%, o que significa uma das participações mais baixas da história venezuelana.

Alta diferença entre candidatos

A vice-presidente do CNE, Sandra Oblitas, informou que o Maduro teve 6.190.612 votos, enquanto o adversário mais próximo, o ex-governador Henri Falcón, conseguiu 1.917.036. O levantamento de hoje define o índice de participação em 9.132.655, ligeiramente superior aos 8.603.936 votos anunciados domingo.

O ex-pastor evangélico Javier Bertucci obteve 988.761 votos e o engenheiro Reinaldo Quijada, 36.246, o terceiro e quarto lugares das eleições, denunciadas como "fraude" pela principal coalizão opositora e por boa parte da comunidade internacional.

O primeiro boletim dava 5.823.728 apoios a Maduro; 1.820.552 a Falcón; 925.042 a Bertucci; e 34.614 a Quijada. A porcentagem de participação, que estava em 46,01%, hoje subiu para 46,02%.

Falcón disse no último domingo (20) que não reconheceria o resultado das eleições presidenciais por causa das reiteradas violações de acordos feitas por Maduro antes das eleições e exigiu que o processo seja refeito ainda neste ano.

Na mesma linha, pronunciou-se Luís Emilio Rondón, o único dos cinco integrantes da CNE que é crítico ao chavismo, ao denunciar que o processo "foi oportunista desde o início". Segundo Rondón, ontem "ficou suficientemente claro para os venezuelanos o desequilíbrio". Ele disse que não reconhece os resultados anunciados, pois "estão viciados do ponto de vista da liberdade que deveram ter" os eleitores. 

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