Atualizada às 19h31
Dois foguetes caíram nesta quarta-feira (8) à noite na Zona Verde de Bagdá, onde fica a embaixada americana no Iraque, informou à AFP um alto funcionário dos serviços de segurança.
Jornalistas da AFP ouviram explosões no centro da capital iraniana e em seguida sirenes foram ativadas. O ataque ocorre 24 horas depois do disparo de 22 mísseis iranianos contra bases que abrigam militares americanos e da coalizão internacional em Bagdá, sem deixar vítimas.
>> Trump anuncia imposição imediata de sanções econômicas adicionais ao Irã
Trata-se da terceira investida contra a Zona Verde desde que um ataque dos Estados Unidos, utilizando um drone, assassinou o general iraniano Qassem Soleimani e o homem do Irã no Iraque, Abu Mahdi al Muhandis, há cinco dias, na capital iraquiana. Muhandis era o número dois do grupo Hashed al Shaabi, uma rede de milícias armadas incorporadas às forças de segurança iraquianas com vínculos estreitos com Teerã.
>> Conheça Soleimani, o general do Irã morto em ataque ordenado por Trump
Os Estados Unidos acusaram os grupos Hashed de estar por trás dos ataques com foguetes à embaixada americana em Bagdá e às bases que abrigam tropas americanas no país. Nesta quarta-feira, as facções mais radicais do Hashed anunciaram que vingariam os ataques americanos.
O chefe paramilitar Qais al Jazali - considerado "terrorista" pelos Estados Unidos - disse que a resposta do Iraque aos Estados Unidos "não será menor que a resposta iraniana". Harakat al Nujaba, uma facção de linha-dura do Hashed, anunciou que vingaria a morte de Muhandis.
"Soldados americanos, não fechem os olhos. A vingança pela morte do mártir Muhandis está vindo pelas mãos dos iraquianos até que seu último soldado tenha ido embora", disse.