Coronavírus

OMS vê chance realista de parar novo coronavírus

OMS enviou uma equipe avançada à China nesta semana para uma missão internacional para examinar a epidemia

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Publicado em 11/02/2020 às 13:57
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Depois de registrar centenas de mortes por dia em fevereiro, o número diminuiu progressivamente nas últimas semanas até chegar a zero - FOTO: Foto: AFP
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A OMS estimou nesta terça-feira (11) que há uma "chance realista de parar" a disseminação no mundo do novo coronavírus, a partir de agora oficialmente chamado "COVID-19".

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"Se investirmos agora (...), temos uma chance realista de interromper esta epidemia", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa em Genebra.

Ele também anunciou que, de agora em diante, o novo coronavírus será chamado de COVID-19, que substituirá o nome provisório estabelecido anteriormente "2019-nCoV".

O novo nome foi escolhido por ser "fácil de pronunciar", mas sem referência "estigmatizante" a um país, ou população, em particular, disse.

Ele explicou que "CO" significa corona, "VI" é vírus, e que "D" foi escolhido por "doença". O número 19 indica o ano de sua aparição (2019).

A transcrição oficial da OMS coloca todas as letras maiúsculas.

Cerca de 400 cientistas de todo mundo iniciaram uma reunião de dois dias nesta terça-feira para intensificar a luta contra a doença.

Na abertura da conferência, Tedros descreveu a epidemia como "uma ameaça muito séria" para o mundo, exortando países e cientistas a intensificar os esforços e a coordenação para superá-la.

Ele também observou que "os vírus pode ter consequências mais poderosas do que qualquer ato terrorista".

Mais de 42.600 pessoas foram infectadas na China continental e pelo menos 1.016 delas morreram.

Fora da China continental, o vírus matou duas pessoas (uma nas Filipinas e uma em Hong Kong) e mais de 400 casos foram confirmados em cerca de 30 países e territórios. 

O chefe da OMS também expressou o medo de ver a epidemia se espalhar para países com meios de saúde frágeis. "Se o vírus entrar em um sistema de saúde mais fraco, pode causar caos", disse ele.

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