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Novos casos de coronavírus são confirmados em quatro países

Novos casos do Covid-19 e mais mortes foram confirmadas nesta terça-feira (25)

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Publicado em 25/02/2020 às 17:17
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Novos casos do antigo coronavírus, o Covid-19, foram confirmados nesta terça-feira (25) na China e em outros quatro países europeus. Incluindo Irã, Coreia do Sul, Ilhas Canárias e sul da Itália.

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No Irã, 16 pessoas morreram por causa do doença. Inicialmente, o governo havia informado 15 vítimas fatais, a 16ª morte só foi confirmada depois, na cidade de Saveh, no sudoeste de Teerã.

O vice-ministro da Saúde do Irã, Iraj Harirchi, foi diagnosticado com a doença nesta terça. Ele estava na linha de frente do combate ao Covid-19 e postou uma mensagem em seu twitter firmando não ter muitas esperanças de "continuar nesse mundo"

De acordo com o governo, os Emirados Árabes Unidos proibiram nesta terça-feira, por causa das infecções que já são 95 no território iraniano, voos indo ou vindo do Irã por pelo menos uma semana. Os Emirados informaram 13 casos da doença e a maioria deles são ligados a viagens à China.

Há dois dias a Turquia e o Paquistão fecharam as fronteiras terrestres com o Irã por conta da doença. Nesta terça, um avião da Turquia, Turkish Airlines, foi desviado para a capital Ancara, a pedido do governo, por haver suspeita de que um passageiro estava infectado com o vírus. O voo saiu de Teerã, capital do Irã, e seguia para Istambul, na Turquia.

O país que compreende mais de 30 ilhas do Golfo Pérsio, Bahrein, suspenseu voos vindos de Dubai e Sharjah, nos Emirados Árabes. O país anunciou que, agora, no território, existem oito pessoas infectadas com o vírus, quatro são sauditas. De acordo com o ministério da Saúde bareinita, essas pessoas chegaram vindas do Irã por Dubai.

Também nesta terça, o governo do Líbano restringiu voos a países com surtos de Covid-19. Foram suspensos para peregrinos-muçulmanos do país, que voam com regularidade para países como Irã, Iraque e Arábia Saudita para peregrinações. O líbado confirmou o primeiro caso do vírus na última sexta-feira (21).

Afeganistão, Kuwait, Iraque e Omã também informaram na segunda-feira (24) os primeiros casos da doença, todos ligados a viagens para ou saindo do Irã. Hoje, o Iraque também confirmou outras quatro novas infecções.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Congresso US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) para prepara o país no caso de um surto de Covid-19. Segundo a Casa Branca, o dinheiro será destinado para desenvolver vacinas, tratamentos e adquirir equipamento protetor. Nos EUA já foram registrados 14 casos da doença.

Irã tem 15 mortes por coronavírus e até vice-ministro da saúde está doente

Com 15 mortes pelo novo coronavírus, o Irã já é o segundo país com mais mortes no surto, depois da China, que registra mais de 2,5 mil óbitos.País vizinhos, como os Emirados Árabes, a Turquia e a Armênia, já anunciaram suspensão de voos para o Irã, que tem sido cobrado por mais transparência para divulgar informações sobre o alcance do surto.

A região de Qom, epicentro da epidemia no Irã, não foi colocada sob quarentena, mas cerimônia religiosas foram suspensas. Em outras províncias, como Teerã, ônibus e vagões de metrô foram desinfetados durante a noite. O Irã ainda busca a origem do vírus em seu território. O ministro da Saúde, Said Namaki, afirmou que um dos mortos de Qom era um comerciante que viajava com frequência à China.

O presidente iraniano, Hasan Rohani, pediu calma à população e disse que esta epidemia não é pior do que outras já enfrentadas pelo país. No exterior, o governo tem sido acusado de esconder informações sobre o surto. Um legislador local chegou a dizer que o número de óbitos pode ser de cerca de 50. As autoridades prometem transparência.

Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos, cobrou transparência de Teerã. "Os Estados Unidos estão muito preocupados sobre as informações de que o regime iraniano pode ter ocultado detalhes importantes sobre a epidemia", declarou Pompeu a jornalistas nesta terça.

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