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Netanyahu ganha tempo com recusa de Supremo em decidir sobre gabinete

Tribunal Supremo de Israel recusou-se a se pronunciar sobre formação de governo de Netanyahujuristas

JC Online
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Publicado em 02/01/2020 às 16:48
MENAHEM KAHANA/AFP
Primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu - FOTO: MENAHEM KAHANA/AFP
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O Tribunal Supremo de Israel recusou-se nesta quinta-feira (2) a se pronunciar sobre a
demanda de um grupo de juristas, que queria impedir que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção,
receba o mandato de formar o governo após as próximas eleições.

Os especialistas legais pediram na terça-feira ao Tribunal Supremo que decida se Netanyahu, líder do partido Likud
(conservador), tem ou não o direito de receber um eventual mandato para formar um governo por parte do presidente após as
eleições de 2 de março, ao ser investigado por "corrupção", "apropriação indevida" e "abuso de confiança" em três casos diferentes.

Nesta quinta-feira, a máxima corte do país informou que não podia se pronunciar a respeito, alegando que a solicitação
chegava cedo demais.

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"Netanyahu será julgado pelo público nas urnas e venceremos", reagiu no Twitter Benny Gantz, principal adversário do
premiê em fim de mandato, que lidera o partido Azul e Branco (centro). O anúncio ocorre um dia depois de Netanyahu, que foi acusado no fim de novembro e prevê se apresentar nas próximas legislativas, pedir a imunidade ao Parlamento israelense.

A lei israelense estabelece que todo ministro processado criminalmente deve se demitir. Mas isto não se aplica ao
primeiro-ministro. Embora possa prosseguir no cargo, Netanyahu não goza de nenhuma imunidade perante a justiça.
A petição de Netanyahu terá que ser estudada, em primeiro lugar por uma comissão parlamentar. No entanto, como o
Parlamento foi dissolvido com vistas às eleições de 2 de março - as terceiras em menos de um ano em Israel -, o pedido de
Netanyahu terá que esperar que passem as eleições antes de ser examinado.

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