Análise

Editorial: Expressão da responsabilidade

Centenário do JC foi destacado como referência do papel da imprensa no País

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Publicado em 23/05/2019 às 7:48
Foto: Augusto Coelho/Palavra Aberta
Centenário do JC foi destacado como referência do papel da imprensa no País - FOTO: Foto: Augusto Coelho/Palavra Aberta
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Um debate sobre os valores primordiais da atividade jornalística marcou a passagem dos 40 anos da Associação Nacional de Jornais (ANJ), esta semana, em Brasília. Durante o evento, conduzido pelo pernambucano Gérson Camarotti, da Globonews, foi destacado o Centenário do Jornal do Commercio como referência do papel da imprensa no aprimoramento democrático brasileiro. O presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, João Carlos Paes Mendonça, estava presente na ocasião.

A liberdade de expressão ganha dimensão diante da responsabilidade dos profissionais de jornalismo no trabalho de apuração, edição e publicação das notícias. Responsabilidade historicamente observada, cada vez mais indispensável com o advento das fake news e sua fácil disseminação através das redes sociais. O jornalismo sério e responsável, como praticado pelos associados da ANJ, passa a ser um direito do cidadão de nosso tempo. E sua garantia, um dever dos poderes públicos que zelam pelo preceito constitucional da livre expressão no País.

>> Leia mais sobre o centenário do JC

Como ressaltou o presidente da ANJ, Marcelo Rech, o profissionalismo no trato e na transmissão da notícia não é algo dispensável numa democracia. Inúmeros exemplos no Brasil e no mundo têm mostrado que a desinformação precisa ser combatida com sólida formação profissional, que inclui, além do conhecimento necessário ao exercício da função jornalística, o comportamento ético e o compromisso com a verdade e com o público. Promovida pelo Instituto Palavra Aberta, a 13ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão aconteceu na Câmara dos Deputados, reunindo representantes de vários setores da mídia nacional.

Para Gérson Camarotti, os 100 anos do JC merecem a celebração de Pernambuco e do Nordeste. Para ele, “o jornalismo com credibilidade não é algo simples e requer muita vontade, muito investimento, e isso faz toda a diferença”. Por sua vez, João Carlos Paes Mendonça lembrou a postura do jornal em defesa dos interesses coletivos. “A valorização da democracia passa pela liberdade de imprensa e pela liberdade de expressão”, frisou, chamando a atenção para a responsabilidade exercida pelos profissionais do JC na apuração e na exposição dos fatos, tornando o periódico referencial de credibilidade. “Somos apartidários. Nosso lado é a sociedade”.

A confiança mantida pelos leitores do JC se estende aos demais veículos do Sistema, formando uma rede onde a notícia e a análise da notícia merecem o selo da autenticidade e da reflexão. O desafio do jornalismo contemporâneo não é apenas enfrentar a abertura de plataformas digitais de produção e compartilhamento de informações. Trata-se, antes, de preservar a credibilidade do jornalismo de marcas tradicionais, como o JC e aquelas ligadas à ANJ, no âmbito brasileiro. E fazer com que o elo entre o jornalismo e a população não se enfraqueça – seja fortalecido, proporcionando a pluralidade e a transparência requeridas em um ambiente democrático.

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