21 DE SETEMBRO

Editorial: 100 anos da coroação canônica da imagem de N. S. do Carmo

Para consagrar ainda mais o dia 21, data do centenário, as ruas centrais do Recife vão reviver dias festivo em procissão com a imagem da santa até a Faculdade de Direito do Recife

JC Online
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Publicado em 16/09/2019 às 7:39
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Para consagrar ainda mais o dia 21, data do centenário, as ruas centrais do Recife vão reviver dias festivo em procissão com a imagem da santa até a Faculdade de Direito do Recife - FOTO: Foto: Acervo JC Imagem
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Para os católicos de Pernambuco – em especial, de Olinda e Recife –, 21 de setembro é uma data que passa por algumas das principais manifestações religiosas e em que foram escritos alguns dos principais capítulos da história de nosso Estado. Desde o século 16, com a fundação do Convento de Olinda – onde foi realizada a primeira festividade brasileira em honra a N. S. do Carmo – até a expulsão dos holandeses, no século 17, e doação aos carmelitas do Palácio da Boa Vista, construído por Maurício de Nassau. Vê-se, assim, como estão impregnadas de valores religiosos e história as celebrações da festa da padroeira do Recife, tendo como marco, neste ano de 2019, o centenário da coroação canônica da imagem de N. S. do Carmo.

Está em conclusão o trabalho de arrumação da fachada da igreja do Carmo e do anexo, onde funciona o convento. Detalhes que mostram a importância que a reitoria da basílica dá não apenas à data mas a toda estrutura física, que tem a participação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco e do Iphan, sob a coordenação da Secretaria de Inovação Urbana do Recife, cujo secretário-executivo, Tullio Ponzi, faz uma síntese muito pertinente, não apenas para todos os pernambucanos mas, também, para quem passa pela capital e toma conhecimento de alguns dos nossos maiores patrimônios religiosos e culturais: “O Pátio do Carmo é um cartão-postal, tem valor simbólico, cultural, é um patrimônio importante”.

Para consagrar ainda mais o dia 21, data do centenário, as ruas centrais do Recife vão reviver dias festivos, reproduzindo as cenas religiosas mais marcantes dos séculos 19 e 20, com a condução da imagem da santa em procissão até os jardins da Faculdade de Direito do Recife (FDR). Ali aconteceu a coroação canônica de 1919 e um século depois terá missa presidida pelo arcebispo de Aracaju, dom João Costa, com a mesma imagem da coroação, com 2,2 metros de altura e pesando 250 quilos.

Organização festiva

Assim os registros desse evento religioso são fartos e vêm sendo organizados desde 2018, de celebrações a exposições e publicações que criam mais um capítulo atualizando 323 anos de história, deixando de ser estritamente religioso por razões culturais que se sobrepõem, como a construção da capela do Santíssimo Sacramento da Igreja do Carmo e um templo sobre as ruínas do Palácio da Boa Vista. Quando a esse episódio juntamos o fato de que foi no Convento do Carmo que Frei Caneca, herói e mártir da Confederação do Equador, fez seus votos religiosos e ordenou-se sacerdote, fica mais evidente a conotação histórica associada à crença católica predominante. 

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