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Zé Gomes coloca propostas sociais no centro do debate

O candidato ao governo do Estado pelo PSOL foi o segundo na série de entrevistas da TV Jornal. Nesta quinta, é a vez de Paulo Câmara (PSB)

Do JC Online
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Publicado em 27/08/2014 às 15:50
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O candidato ao governo do Estado pelo PSOL foi o segundo na série de entrevistas da TV Jornal. Nesta quinta, é a vez de Paulo Câmara (PSB) - FOTO: Foto: TV Jornal
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O TV Jornal Meio-Dia recebeu, na tarde desta quarta-feira (27), Zé Gomes (PSOL) pelo segundo dia da série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado. O psolista fez uso dos cinco minutos para tratar de educação, segurança e desenvolvimento econômico, propondo novas alternativas aos modelos propostos pelos últimos anos de governo do PSB, como a implantação das escolas de referência e o Pacto pela Vida. Zé Gomes sustenta suas ideias em torno do desenvolvimento social, que deve amparar as decisões tomadas pelo gestor.

Veja a entrevista com o candidato ao governo do Estado Zé Gomes (PSOL) no site da TV Jornal

Segundo informações apresentadas por Zé Gomes à jornalista Graça Aráujo, apenas 20% dos estudantes da rede pública estadual estão matriculados em escolas de referência. "Segundo os cálculos de Eduardo Campos, em 2010, os alunos das outras escolas só seriam alocados nesse modelo de escola em praticamente 40 anos. Eles não podem esperar todo esse tempo", criticou.

Atrás das câmeras, o candidato comentou que vê as escolas de referência como "escolas normais, que têm professor, têm horário, com estrutura, onde os alunos têm possibilidade de receber o material, uma farda". "Nós precisamos assumir publicamente um compromisso de transição, de que iremos ampliar esse modelo de referência que é o que deve ser para todos. Além disso nós precisamos valorizar o profissional de educação, igualando os que trabalham nas escolas de referência aos que trabalham em outras escolas", defendeu o psolista.

A apresentadora Graça Araújo chegou a mencionar que o PSOL havia elogiado o Pacto pela Vida no início do governo de Eduardo e que, no momento da eleição, passou a tecer críticas ao programa. Como justificativa, Zé Gomes afirmou que o Pacto não atendia mais às expectativas de que o criou. "O Pacto foi uma política pública muito importante, de médio e longo prazo, mas infelizmente ela faliu. Ela nem controla mais as taxas e quando o fazia, se utilizava da pressão em cima dos servidores da segurança, em sua grande maioria os policiais militares", definiu.

Ampliando o debate, o candidato apresentou sua proposta de desmilitarizar a Polícia Militar, nos moldes da PEC 51, do senador petista Lindberg Farias (PT-RJ). Para Zé Gomes, o atual modelo policial tem características opressivas análogas à época da ditadura militar. Ele também criticou a organização hierárquica e a cultura militar, que tem como símbolo a farda. "Se você é pobre, negro, usa boné e bermuda de surfista, você corre risco de sofrer uma abordagem policial violenta. A gente precisa de um modelo de polícia construído com referência social". Na sua proposta, toda a polícia seria civil, mas manteria a função ostentiva e investigativa, teria direito a filiação política e a organização sindical.

No tocante a desenvolvimento econômico, o candidato afirmou que as taxas de crescimento, apesar de terem sido as maiores que Pernambuco já viu, não trouxeram ganhos sociais. "A renúncia fiscal e o incentivo às empresas só ajudou as empresas. A população que nos assiste neste momento sabe que não houve desenvolvimento social e o próprio governo assume isso", afirmou.

Nesta quinta-feira (28), é a vez do candidato Paulo Câmara ser entrevistado pela apresentadora Graça Araújo, às 11h45 no TV Jornal Meio-Dia.

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