SEGUNDO TURNO

Ataques mútuos marcam o primeiro guia dos presidenciáveis

Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) deixaram a apresentação de propostas em segundo plano

Beatriz Albuquerque
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Beatriz Albuquerque
Publicado em 10/10/2014 às 7:00
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Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) deixaram a apresentação de propostas em segundo plano - FOTO: NE10
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O primeiro guia eleitoral para o segundo turno da eleição presidencial, exibido ontem na televisão, foi marcado pelo ataque mútuo entre a candidata Dilma Rousseff (PT) e o tucano Aécio Neves (PSDB) e a apresentação de poucas propostas ao eleitor brasileiro.

A propaganda da coligação da atual presidente, Com a Força do Povo, abriu o horário eleitoral gratuito, pois Dilma foi a candidata mais votada no primeiro turno, recebendo 41,59% dos votos válidos. Aécio, da coligação Muda Brasil, foi o segundo colocado na disputa com 33,55% dos votos. 

Após agradecer aos seus eleitores, Dilma afirmou que a disputa eleitoral será por um “modelo de País”. “Não faço ataques pessoais ao candidato (Aécio), mas o fato é que ele representa um modelo que quebrou o País três vezes, que abafou todos os escândalos de corrupção, que privatizou um patrimônio público a preço de banana, que causou desemprego altíssimo, arrocho salarial e recessão”, disse.

O programa da petista apresentou uma comparação entre o governo de Fernando Henrique Cardoso e o da presidente Dilma Rousseff, ressaltando a redução dos índices de desemprego. Apenas nos últimos minutos a candidata pontuou algumas de suas propostas, como a implantação do Mais Especialistas e mecanismos para agilizar o julgamento e punição dos políticos corruptos.

Aécio Neves seguiu a mesma tônica para a desconstrução da imagem da adversária. Iniciou o seu programa com uma comparação entre a missão de “mudança” do seu avô Tancredo Neves e a sua após 30 anos. “Os nossos adversários (Dilma) já mostraram que não tem limites quando o que está em jogo é o seu projeto de poder”, cravou.

“Dilma pegou um País que ia bem e que quatro anos depois está em recessão, parado. Aécio pegou um Estado (Minas) que ia mal e dois anos depois voltou a crescer. Dilma aumentou o número de ministérios e cargos políticos. Aécio cortou o número de secretarias e cargos políticos”, afirmaram os locutores. O guia do tucano foi encerrado destacando o apoio que ele recebeu de partidos que foram seus adversários no primeiro turno.

Os resultados das primeiras pesquisas de intenção de votos divulgadas ontem pelo IBOPE e DataFolha, nas quais Dilma e Aécio aparecem tecnicamente empatados dentro da margem de erro, indicam que o cenário de disputa para conquistar o eleitorado com o guia eleitoral será acirrado. 

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