PRÉ-CANDIDATO

Ciro Gomes diz que PSB é parceiro preferencial para sua candidatura

Ciro também descartou aliança com PSDB, mas admite diálogo depois da eleição

Da editoria de Política
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Publicado em 21/05/2018 às 12:46
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Ciro também descartou aliança com PSDB, mas admite diálogo depois da eleição - FOTO: Foto: Reprodução / Agência PT
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Em sabatina realizada pelo UOL / SBT / Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (21), o pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) classificou uma aliança com o PSB para as eleições de outubro como "preferencial". Ciro disse que o seu projeto é conseguir uma aliança de centro-esquerda e que, após a saída do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, as conversas com os socialistas foram retomadas. “Voltamos a conversar com o nosso parceiro preferencial que é o PSB”, disse Ciro Gomes, que também sinalizou uma aliança em eventual segundo turno com o PCdoB, que lançou a deputada estadual Manuela D’Ávila para o Palácio do Planalto.

Caso Ciro consiga ter Márcio Lacerda como seu vice, PT e PSB teriam caminho livre para negociar acordos regionais para tentar garantir a reeleição dos seus governadores em Minas e Pernambuco. O pacto passa pelo PSB desistir de lançar a candidatura de Marcio Lacerda ao governo mineiro para apoiar o petista Fernando Pimentel. Em troca, o PT abriria mão de disputar os governos de Pernambuco e da Paraíba. Nesses Estados, o partido apoiaria a reeleição do governador Paulo Câmara e de João Azevêdo, respectivamente, ambos do PSB. Para isso, o PT limaria a candidatura de Marília Arraes e não lançaria nome próprio na PB.

O ex-governador do Cerá, Ciro disse que as negociações são conduzidas pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e que seguem uma hierarquia. No discurso de Ciro Gomes, alianças com partidos, como o PSB e o PCdoB, seriam prioridade. Entre os socialistas, o nome do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda aparece como opção para ser vice de Ciro se concretizada uma aliança. Depois do processo de composição com essas siglas, a quem identifica como integrantes do “socialismo democrático”, o presidenciável disse vai “conversar com que queira conversar conosco”.

Entre os partidos que estão no radar das negociações, está o PP, que tem como filiado o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, e é cotado como vice na chapa encabeçada por Ciro. Questionado sobre os nomes de de Lacerda, Steinbruch, além do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e do empresário Josué Alencar (PR) para compor a sua chapa, Ciro Gomes disse que um deles já foi sondado por ele mesmo e por Carlos Lupi para a composição: Josué Alencar, filho do ex-vice-presidente José Alencar. Segundo Ciro, "ele está em busca de um homem ou mulher da produção baseado no Sudeste para simbolizar essa aliança de centro-esquerda".

Ciro descarta aliança com PSDB

Ciro Gomes também descartou uma aliança com o PSDB nas eleições deste ano. Eleitoralmente falando, disse, seria um disparate imaginar uma aliança dele com a legenda dos tucanos. "O que o PSDB acabou de fazer com o PMDB (na gestão do presidente Temer) é tudo o que não concordo: antinacional, antipobre e antipovo", declarou o pedetista.

Ele afirmou, no entanto, que é preciso ter "porta aberta" para conversar depois das eleições. "Acredito que, se eu ou o Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano vencermos, o outro pode vir desejar boa sorte e trabalhar no futuro", ponderou.

Instado a comentar sobre a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro afirmou ainda que considera o deputado "despreparado" e com "soluções graves e toscas" para os problemas do Brasil. "A rigor, gostaria de enfrentá-lo no segundo turno porque me parece o candidato menos difícil de ser derrotado. Você vê que quando o candidato promete distribuir armas, o que ele está prometendo é um banho de sangue", afirmou Ciro.

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