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É fake: Pesquisa em presídios que indicaria rejeição a Bolsonaro não existe

Segundo afirmou o próprio TSE, não existe pesquisa alguma sobre uma suposta rejeição dos presidiários a Bolsonaro

JC Online
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Publicado em 08/08/2018 às 19:33
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Segundo afirmou o próprio TSE, não existe pesquisa alguma sobre uma suposta rejeição dos presidiários a Bolsonaro - FOTO: Foto: Reprodução
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Se você recebeu algum link de uma matéria afirmando que uma pesquisa de intenção de voto então realizada nos presídios e delegacias do Brasil indicaria uma rejeição de 100% ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSC), fique esperto. Isso é fake news.

Segundo apurou o Projeto Comprova, coalização que reúne 24 organizações de mídia de todo o Brasil para checagem de notícias falsas, incluindo o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, não há registros de pesquisa alguma de intenção de voto realizada em presídios e delegacias, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no período em que a informação foi publicada nas redes sociais.

É fake news

A informação da rejeição a Bolsonaro foi compartilhada milhares de vezes em redes como Facebook e Twitter e dá conta de uma consulta que teria sido realizada com 13 mil detentos em 450 presídios e 150 delegacias de todo o país.

De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que uma empresa faça pesquisa nos presídios, ela precisa de autorização da Justiça. E para que a pesquisa eleitoral seja viabilizada, deve ser registrada junto ao TSE pela empresa pesquisadora e os dados sobre sua realização devem estar disponíveis no site do Tribunal.

O Comprova consultou também a editoria de política do portal G1 que negou a publicação da notícia.

O Comprova identificou duas versões desse boato. Uma tem origem em um post no Facebook, a outra é uma montagem produzida para parecer uma notícia publicada no site G1. A primeira menção a esta falsa notícia que localizamos data de 18 de julho. É um meme divulgado pela página MovimentoIndependentBR. A página SomostodosBolsonaro também replicou a imagem e um policial militar e pré-candidato a deputado federal pelo PSL gravou um vídeo onde divulga a falsa informação.

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