PERDA DE SANGUE

Médica diz que Bolsonaro perdeu 2,5 litros de sangue após facada

Segundo a médica, por questões de centímetros a faca não feriu regiões mais sensíveis, que poderia ter levado Bolsonaro a óbito

Agência Brasil
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Publicado em 07/09/2018 às 11:41
Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Segundo a médica, por questões de centímetros a faca não feriu regiões mais sensíveis, que poderia ter levado Bolsonaro a óbito - FOTO: Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo
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O ferimento a faca no deputado federal e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) fez com que ele perdesse 2,5 litros de sangue, o equivalente a 40% do volume sanguíneo de um ser humano médio.

Por conta disso, ele já entrou em estado de choque na Santa Casa de Juiz de Fora e só pôde ser salvo pela rapidez no atendimento.

As informações foram dadas hoje pela diretora técnica da Santa Casa, médica Eunice Dantas. “O mais grave foi o comprometimento da veia, pelo sangramento de vulto. Ele perdeu em torno de 40% do volume de sangue do corpo. Um adulto do porte dele tem em torno de 5,5 litros de sangue circulando. Ele perdeu em torno de 2,5 litros. É muito grave. Ele poderia ter morrido. Ele chegou com pressão 8 por 4, chegou chocado [em estado de choque]”, relatou a médica.

Segundo ela, por questões de centímetros a faca não feriu regiões mais sensíveis de Bolsonaro, o que poderia ter o levado a óbito.

Veias calibrosas

“Havia veias mais calibrosas, artérias próximas, órgãos mais nobres. Qualquer mudança ali podia ser fatal para ele”, explicou a médica, que acompanhou Bolsonaro desde o momento em que ele deu entrada no hospital.

Eunice explicou que Bolsonaro terá que utilizar, por até três meses, uma bolsa ligada ao intestino, com objetivo de recolher o material fecal, até que o órgão esteja completamente cicatrizado e livre de qualquer possibilidade de infecção.

“Ele fez uma cirurgia aqui. A segunda será daqui a dois ou três meses, para a reconstituição do intestino grosso. Enquanto isso, ele vai utilizar uma bolsa para fora da barriga, por dois ou três meses. A colostomia não inviabiliza ninguém de fazer nada, é só questão de se acostumar com a bolsinha”, disse.

Ela aconselhou que Bolsonaro se abstenha de ir para as ruas fazer campanha pelas próximas semanas, na reta final do primeiro turno das eleições, a fim de facilitar sua recuperação.

“Três semanas é um período muito curto para uma cirurgia deste porte. Eu acho que a estratégia de campanha vai ter que ser adaptada às condições dele agora” justificou.

A médica estimou que Bolsonaro já poderá ter alta hospitalar entre sete a dez dias: “Se tudo correr bem, caso não haja intercorrência, tudo dentro do padrão, pode [ter alta]”, finalizou.

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