Rio Grande do Sul

Mulher é indiciada por disseminar notícias falsas sobre eleição

Em um vídeo, a moça afirma que urnas eletrônicas teriam sido fraudadas e enviadas para cidades do Nordeste

ABr
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Publicado em 19/10/2018 às 20:03
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O valor previsto para o financiamento das campanhas nas eleições de outubro é de R$ 2 bilhões. No caso do Fundo Partidário, o valor aprovado foi de R$ 978 milhões. - FOTO: Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Uma mulher foi indicada pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul por disseminar notícias falsas em redes sociais. Em um vídeo, a moça afirma que urnas eletrônicas teriam sido fraudadas e enviadas para cidades da região Nordeste. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (19) pela Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.

A mulher também acusa o governo federal como responsável por fraudar o sistema de votações das eleições deste ano. A Polícia Federal instaurou inquérito a pedido do Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-RS). Os agentes realizaram diligências para identificar a autora dos comentários enganosos.

A mulher foi enquadrada nos artigos 324 e 325 do Código Eleitoral, segundo os quais são crimes “divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado” e “caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime”.

Ela pode pegar pena de 1 a 3 anos de prisão. O tempo pode ser aumentado pelo fato da mulher ter usado redes sociais para a propagação dos conteúdos.

Tribunal Superior Eleitoral

Mensagens falsas como a que motivou a prisão foram disseminadas em todo o país. O Tribunal Superior Eleitoral criou um site para esclarecer eleitores quanto às teorias da conspiração e acusações de supostas fraudes em urnas e no conjunto do sistema de votação.

A disseminação de desinformação sobre o tema tem crescido. A presidente do TSE, ministra Rosa Weber chegou a receber ameaças. Na quarta (17), ela reuniu representantes da candidaturas para solicitar ações de desincentivo aos questionamentos.

No balanço da votação do primeiro turno, nem o TSE nem a missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acompanhou o pleito, identificaram indícios de fraude ou problemas que pudessem comprometer o resultado.

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