Rumo a 2014

Eduardo e PPS afinam discurso para as eleições

Cúpula do partido presidido por Roberto Freire formaliza aliança com o governador para a disputa presidencial

Gabriela López
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Gabriela López
Publicado em 17/12/2013 às 6:00
 Michele Souza/JC Imagem
Cúpula do partido presidido por Roberto Freire formaliza aliança com o governador para a disputa presidencial - FOTO: Michele Souza/JC Imagem
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Nove dias após o PPS decidir, em congresso, apoiar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a presidente no próximo ano, a cúpula do partido esteve nesta segunda-feira (16) no Recife para formalizar a coligação.

Em um evento de aproximadamente 40 minutos, o socialista e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP) - únicos a discursar -, alinharam as falas em torno de destacar a aliança como possibilidade de construir uma alternativa para o Brasil, ao mesmo tempo em que apontaram uma crise na democracia por causa do “patrulhamento” do debate, em um recado ao PT.

Coube a Eduardo Campos o tom mais duro. Questionado por petistas por ter deixado a base aliada do governo federal e, agora, adotar um discurso de oposição, embora tenha feito parte das gestões Lula e Dilma Rousseff, ele defendeu que o debate sobre o futuro do Brasil não pode ser “mesquinho”, “apequenado”, nem “reduzido a nós e eles”.

“Não podemos interditar o debate do Brasil, nem patrulhar força política que quer exercer o legítimo direito democrático de discutir a economia, a inclusão social, a educação, a segurança... Discutir e propor caminhos, que quer relação sem cooptação com os movimentos sociais, gente que respeita as críticas e não corre do debate. Disputei eleições ganhas e nunca me furtei ao debate com quem quer que seja”, disparou.

Após reafirmar que o pacto político vigente em Brasília “já deu o que tinha que dar”, Eduardo Campos garantiu que o Brasil “terá opção em 2014”.

O cenário do “palanque” era um painel que anunciava: Juntos para mudar o Brasil. Ao lado da frase, estavam estampadas as logomarcas do PSB, do PPS e do Rede Sustentabilidade (partido que a ex-senadora Marina Silva não conseguiu fundar, decidindo, então, pela coligação com os socialistas, em outubro).

Na plateia lotada, parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos e dirigentes partidários que aplaudiram todas as frases de efeito.

Roberto Freire enfatizou que o PPS quer fazer uma luta democrática. “Um dos graves problemas que o Brasil enfrenta, além da crise econômica, é a defesa da democracia, que sofre atentados, como está sendo demonstrado”, declarou, enfatizando a capacidade do governador de unir lideranças em torno de si.

“Podemos estar ajudando uma força política que tem a capacidade de reescrever a política do Brasil”, completou.

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