O candidato à Presidente da República e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se comprometeu em sabatina na manhã desta quarta-feira a apresentar, caso eleito, o projeto de reforma tributária na primeira semana do seu governo. "Ela entrará em vigor de forma negociada, sequenciada", afirmou o socialista, a empresários da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Ele também garantiu que vai ser o "primeiro presidente da República" que não vai aumentar a a carga tributária do País.
"Vimos o debate da reforma tributaria no governo Lula. Não saiu por conta de divisão federativa. O mundo está cheio de estudiosos nessa matéria. Mas não dá para gente fazer a reforma tributária em curto prazo", explicou. De acordo com ele, a matéria vai ser prioridade no primeiro semestre de 2015. "Mas a sua implantação não pode ser já no mesmo ano, tem que ser aos poucos para trazer segurança".
Franco atirador contra a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), Eduardo mirou desta vez a crítica na segunda gestão do ex-presidente Lula. Segundo ele, o ex-presidente petista demorou para avançar no processo de concessões. "Acho que num determinado momento atrasamos o processo de PPP, uma falha do segundo governo Lula. No governo Dilma, quando foi fazer, fez de uma maneira atravessada, que parecia preconceito contra a concessão, como se estivesse fazendo a contragosto", pontuou.
A parceria com o setor privado foi defendida pelo candidato como alternativa para alavancar o investimento em infraestrutura. "As contas públicas não aguentam fazer um financiamento nesta proporção que estamos falando. Mas temos recursos no mundo disponíveis para sair do 2.3% para se aproximar dos 5%", disse.