Eleição

Marina volta a dizer que quer governar com melhores

A candidata disse que acredita na democracia brasileira e na vitória da esperança sobre o medo

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 04/09/2014 às 21:57
Foto: Clemilson Campos/JC Imagem
A candidata disse que acredita na democracia brasileira e na vitória da esperança sobre o medo - FOTO: Foto: Clemilson Campos/JC Imagem
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A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (4) que a sua chapa está sendo criticada por dizer que pretende governar com os melhores de todos os partidos. Perguntada sobre a possibilidade de ter Renan Calheiros (PMDB) na Presidência do Senado durante seu governo, se eleita, ela evitou mencionar o senador em sua resposta. "Eu não vejo que erro possa haver em um governante dizer para a sociedade brasileira que quer os melhores quadros do ponto de vista técnico, político e ético", afirmou em entrevista durante sua visita à Expointer, feira internacional do agronegócio que ocorre na região metropolitana de Porto Alegre.

"Nunca vi ninguém querendo se eleger dizendo que vai governar com os piores. A novidade é dizer que eles estão em todos os partidos, que a honestidade, a competência e o compromisso não é monopólio de ninguém", acrescentou. "É preciso colocar o olhar naquilo que nos faz maiores do que nós somos e não ficar nos apequenando. Por exemplo: Essa história de que se ganha (a eleição) alguém que vem de um movimento da sociedade, que não é em função das estruturas do dinheiro, do tempo de televisão, dos partidos poderosos, de que poderá ser cassado."

Marina disse que acredita na democracia brasileira e na vitória da esperança sobre o medo. "Essa história de medo eu durante 30 anos vi as pessoas fazerem contra o Lula, e eu dizia e acreditava e continuo acreditando que a esperança já venceu o medo, e não adianta querer ressuscitá-lo." Antes de conversar com os jornalistas, Marina se reuniu com 15 membros da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), na Expointer. Segundo ela, foram levantadas várias questões sobre o que fazer para garantir que a agricultura brasileira continue vigorosa. Questionada sobre se os recentes encontros com lideranças do setor têm servido para quebrar a suposta resistência que havia à sua candidatura entre produtores, ela disse que "não existe esta história de quebrar resistência". "Quando se tem disposição para o diálogo, a gente não trabalha com a lógica de quebrar a resistência. A gente trabalha com a ideia de que possa construir convergências naquilo que interessa ao Brasil", falou.

De acordo com a ex-senadora, se toda a população e todos os setores querem um Brasil economicamente próspero, politicamente democrático e ambientalmente sustentável, a questão fundamental é ter diálogo e buscar da melhor forma esses objetivos. "Alguém que se propõe a governar o Brasil não pode pensar que vai quebrar as resistências. Deve achar que ao se dispor ao debate e não ao embate, vai produzir convergências progressivas."

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