operação lava jato

Juiz autoriza novas investigações na Petrobras

Alberto Youssef afirmou que ex-presidente Lula foi pressionado por partidos aliados a aceitar a indicação de Costa para a Diretoria de Abastecimento da estatal

Da ABr
Cadastrado por
Da ABr
Publicado em 10/10/2014 às 18:15
Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Alberto Youssef afirmou que ex-presidente Lula foi pressionado por partidos aliados a aceitar a indicação de Costa para a Diretoria de Abastecimento da estatal - FOTO: Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado
Leitura:

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, autorizou nesta sexta-feira (10) a Polícia Federal, a Petrobras e a Controladoria-geral da União (CGU) a investigarem as declarações prestadas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.

Em depoimento nessa quarta-feira (8), Costa disse que PP, PT e PMDB recebiam dinheiro de contratos superfaturados na Petrobras. O doleiro afirmou que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi pressionado por partidos aliados a aceitar a indicação de Costa para a Diretoria de Abastecimento da estatal.

Os interrogatórios fazem parte da fase de instrução das ações penais oriundas da Operação Lava Jato. Com o compartilhamento das informações, a Petrobras e a CGU poderão abrir processos internos para investigar as denúncias. O material será partilhado também com a CPMI da Petrobras, que investiga negócios ilícitos na estatal.

Sérgio Moro criticou insinuações de que houve vazamento do conteúdo do depoimento com objetivos eleitorais. O juiz explicou que as ações penais da Operação Lava Jato não estão sob segredo de Justiça e o conteúdo dos depoimentos desta semana não está relacionado com a delação premiada de Costa e Youssef.

“Os depoimentos prestados na última audiência na ação penal pública não foram 'vazados' por esta corte de Justiça ou por quem quer que seja. A sua divulgação, ainda que pela imprensa, é um consectário normal do interesse público e do princípio da publicidade dos atos processuais em uma ação penal na qual não foi imposto segredo de justiça”, explicou Moro.

Últimas notícias