Sem dois dos socialistas considerados históricos, o PSB deu início, na tarde desta segunda-feira (13), à reunião que vai eleger os novos membros da Eexecutiva nacional do partido. Atual presidente da sigla, Roberto Amaral, e a deputada federal Luíza Erundina (ex-PT), que não concordaram com a aliança com o PSDB no segundo turno, não foram ao ato. A ala pernambucana que terá representação no colegiado está acompanhando a reunião em Brasília.
Para rebater a declaração de Amaral, que disse que o PSB traiu a memória de Eduardo Campos, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, criticou as alianças do PT. "O governo que está aí está aliado à direita. Isso é inquestionável. Ninguém é dono da esquerda democrática, sobretudo com quem o PT está governando", disse. O socialista justificou que a candidatura de Eduardo Campos tinha o intuito de se apresentar como uma nova opção em relação ao PT e por isso a legenda decidiu apoiar Aécio Neves.
O governador eleito Paulo Câmara, que foi indicado para a vice-presidência nacional do PSB, lamentou a ausência de Roberto Amaral, mas disse que respeita a decisão do correligionário.
Já o deputado federal Beto Albuquerque, que disputou a vice-presidência com Marina Silva, disse que o apoio de Amaral à reeleição de Dilma só sinifica um voto a mais para a petista. Ele disse que o dirigente partidário não poderia "empurrar goela abaixo" a posição dele para os demais correligionários.
Vários representantes do PSB de Pernambuco participam da reunião. Além de Paulo Câmara, Geraldo Julio, Fernando Bezerra Coelho e João Lyra Neto, deputados estaduais e federais da legenda também participam do encontro.