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Grupo de Roberto Amaral defende terceira via

Contrários à adesão do PSB à candidatura do PSDB disseram que partido precisa se revigorar

Do JC Online
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Publicado em 14/10/2014 às 8:01
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Ausente da reunião que elegeu a nova Executiva nacional do PSB, o ex-presidente do partido, Roberto Amaral, foi representado pela senadora Lídice da Mata (BA), que leu uma carta assinada pelos contrários às decisões da legenda, principalmente em relação ao segundo turno presidencial. O documento reforçou a defesa de que, após 20 anos de polarização entre o PT e PSDB, a legenda deveria estar focada na construção de uma terceira via para o País. A carta critica a opção escolhida pela maioria do PSB com vistas ao segundo turno. 

Os socialistas contrários à decisão alegam que a escolha do partido foi “eleitoral e episódica e não fala para a política, a esquerda e o socialismo conservador”. Em um dos trechos mais duros da carta, Lídice destacou que o partido precisa passar por um “revigoramento ideológico”. “Do segundo turno das eleições presidenciais, resultou, lamentavelmente, a repetição da falsa polarização do PT x PSDB, historicamente faces de uma mesma moeda, reiteradamente denunciada pelo PSB. A opção eleitoral do PSB faz com que seja necessário, mais do que nunca, o seu revigoramento ideológico”, destaca o documento lido pela senadora. 

Na carta, os socialistas ainda destacam fragilidades nos governos dos dois partidos. Diz que o PSDB foi responsável pelo arrocho salarial e a privatização de setores estratégicos para o País. Sobre o PT, a legenda reconhece os avanços na área social, mas diz que o atual governo se rendeu à velha política, “com práticas de clientelismo e corrupção”. 

Os nomes dos ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos, além de João Mangabeira, Antônio Houaiss e Jamil Haddad também são citados. “Vamos continuar unidos em torno de tudo que o PSB representa”. 

Roberto Amaral e Erundina não integram mais a Executiva nacional do PSB. A tendência é que eles passem a defender a tese de que o partido deve buscar o seu espaço como terceira via. Em entrevista após o evento, Lídice disse que o grupo contrário à decisão vai trabalhar para fortalecer a legenda como uma nova alternativa e que esses socialistas defenderão a não adesão ao próximo governo. 

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