Condenação

Em nota, PT repudia tentativa de golpe contra presidente da Venezuela

A posição do governo brasileiro foi criticada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e pelo senador opositor Aécio Neves (PSDB-MG)

Da Folhapress
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Publicado em 25/02/2015 às 16:40
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A posição do governo brasileiro foi criticada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e pelo senador opositor Aécio Neves (PSDB-MG) - FOTO: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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O PT divulgou nota nesta terça-feira (24) em que repudia qualquer tentativa de golpe contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em referência à prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, na última quinta (19).

Segundo o governo e a Promotoria, Ledezma assinou um documento com diretrizes para uma transição política no país. Ele também é acusado de participação em um suposto plano para destruir prédios no oeste venezuelano.

Na nota, o partido do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff se diz preocupado "com fatos recentes que atentam contra a vontade popular" e dá seu apoio à iniciativa do governo brasileiro para buscar um diálogo para dar fim à crise.

Também na terça (24), o Itamaraty elevou o tom contra o governo venezuelano e disse que as ações de Nicolás Maduro "são motivo de crescente atenção" por "afetar diretamente partidos políticos e representantes democraticamente eleitos".

A posição do governo brasileiro foi criticada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e pelo senador opositor Aécio Neves (PSDB-MG).

A íntegra da nota do PT:

"O Partido dos Trabalhadores tem acompanhado com atenção a situação política venezuelana e expressa sua preocupação sobre fatos recentes que atentam contra a vontade popular. Diante dos fatos noticiados, reafirma seu repúdio a quaisquer planos de golpe contra o governo legitimamente eleito de Nicolás Maduro.

Apoiamos a manifestação do Governo brasileiro, que, em nota pública, assumiu o compromisso de 'contribuir, sempre que solicitado, para a retomada do diálogo político amplo e construtivo', e também apoiamos o papel da UNASUL buscando intermediar um diálogo através da atuação dos Chanceleres do Brasil, Colômbia e Equador.

Esperamos que as partes possam chegar a um acordo pacífico que confirme a escolha feita pelo povo venezuelano nas últimas eleições, quando deixou clara a opção pelo aprofundamento das políticas sociais iniciadas no governo de Hugo Chávez."

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