O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira (4) que não foi comunicado por nenhuma autoridade sobre estar no rol de 28 pedidos entregues pela Procuradoria-Geral da República ao STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar 54 pessoas envolvidas na operação Lava-Jato.
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"Não fui comunicado por ninguém e acredito que o Eduardo [Cunha, presidente da Câmara dos Deputados] também não, nem pelo Planalto", afirmou Renan ao chegar ao Senado. Ele prometeu que irá falar novamente sobre o assunto ainda nesta quarta.
Citados na Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Renan devem ter contra si pedido de inquérito pelo Ministério Público. A informação de que teriam sido avisados foi confirmada à Folha de S.Paulo por interlocutores do Planalto. Renan nega qualquer envolvimento com o esquema de desvio de recursos da estatal.
Aliados do peemedebista acreditam que o governo exerceu influência sobre Janot com o objetivo de enfraquecer o PMDB, partido que comanda as duas casas do Congresso e é o principal aliado do PT.
Antes mesmo de a PGR ter enviado a lista de inquéritos para o STF, Renan reagiu atacando o governo e barrando uma das principais medidas do ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff.
O peemedebista determinou a devolução de uma medida provisória que aumentava tributos pagos por empresas de vários setores, apresentada pelo governo ao Congresso no fim da semana passada.