Presidentes de Andrade Guiterrez e Odebrecht vão ao STJ por libertade

Pedidos serão analisados pelo presidente do STJ, Joaquim Falcão, que responde pelo tribunal devido ao recesso do Judiciário
Da Folhapress
Publicado em 23/07/2015 às 12:25
Pedidos serão analisados pelo presidente do STJ, Joaquim Falcão, que responde pelo tribunal devido ao recesso do Judiciário Foto: Foto: Agência Brasil


As defesas dos executivos Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, presos pela Operação Lava Jato desde o dia 19 de junho, ingressaram no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com pedido de liberdade. Presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, respectivamente, ambos estão detidos na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras.

Os pedidos serão analisados pelo presidente do STJ, Joaquim Falcão, que responde pelo tribunal devido ao recesso do Judiciário. O caso seria encaminhado, normalmente, pelo ministro substituto Newton Trisotto, que é responsável por julgar os processos relativos à Lava Jato. Trisotto tem negado esse tipo de pedido de acusados de ligação com o esquema de corrupção.

Ainda não foi divulgada a íntegra do pedido de liberdade feito pelos advogados dos empresários. A expectativa é que Falcão decida a questão nos próximos dias. A Polícia Federal solicitou à Justiça que os executivos das duas empreiteiras sejam transferidos para um presídio comum. A solicitação envolve oito presos. O pedido foi protocolado ao juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato, na noite desta terça-feira (21).

Caso a proposta seja aceita pela Justiça, os executivos devem seguir para o Complexo Médico Penal, na região metropolitana de Curitiba, onde já estão sendo mantidos os outros presos da Operação Lava Jato, numa ala separada dos demais detentos.

A defesa da empreiteira Odebrecht pediu à Justiça a extensão do prazo para dar explicações sobre as anotações do empresário Marcelo Odebrecht, que sugerem que ele tentou obstruir as investigações da Operação Lava Jato antes de ser preso.

O juiz Sergio Moro solicitou a manifestação da defesa até esta quinta (23).

Nos arquivos, encontrados no celular do executivo, há frases como "trabalhar para/anular (dissidentes PF...)" e "higienizar apetrechos MF e RA", o que foi entendido como uma referência a obstruir a operação e eliminar arquivos comprometedores de empresários da Odebrecht (nesse caso, os ex-diretores Márcio Faria e Rogério Araújo, também presos).

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