Investigação

Janot quer que Justiça eleitoral avalie investigar ex-tesoureiro petista

Além dele, o ex-deputado Valdemar Costa Neto também é acusado de crime eleitoral

Da Folhapress
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Publicado em 09/09/2015 às 15:39
Foto: Lula Marques / Fotos Públicas
Além dele, o ex-deputado Valdemar Costa Neto também é acusado de crime eleitoral - FOTO: Foto: Lula Marques / Fotos Públicas
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que envie dados para a Justiça Eleitoral de São Paulo decidir se investigará José de Filippi Júnior (PT-SP), ex-tesoureiro de campanhas de Lula e Dilma Rousseff, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) por crimes eleitorais.

Janot solicitou ainda que informações sejam repassadas à Justiça Eleitoral de Belo Horizonte para também avaliar se cabe investigar Hélio Costa (PMDB-MG), ex-ministro das Comunicações do governo Lula, por suspeita de crime eleitoral.

Não há detalhes dos fatos que envolvem os três, mas eles também teriam sido citados pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, apontado como chefe de cartel de empreiteiras que atuou no esquema de corrupção da Petrobras. Os casos, no entanto, não têm relação com a Operação Lava Jato.

Um dos principais líderes do PR, Valdemar foi condenado no mensalão a 7 anos e 10 meses de prisão, mas cumpre pena em casa.

Ex-tesoureiro das campanha de Dilma em 2010 e de Lula em 2006, Filippi Júnior também deve ser alvo da Justiça em outra frente, além da eleitoral. Ele será investigado criminalmente pela Justiça Federal do Paraná, que apura o esquema de corrupção da Petrobras.

A solicitação de Janot ao STF sobre Valdemar, Filippi Júnior e Hélio Costa consta no pedido de abertura de inquérito contra o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que só podem ser investigados com aval do Supremo.

O ministro Celso de Mello decidirá se abrirá o inquérito contra Mercadante e Aloyzio -o que deve ocorrer nesta semana- e também se enviará os casos dos outros três para a Justiça Eleitoral.

Mercadante e Aloyzio também foram citados por Ricardo Pessoa, mas os fatos não têm relação com a Lava Jato e também há suspeita de crime eleitoral. Os dois negam irregularidades.

A solicitação para investigar Mercadante chegou ao STF no fim da semana passada, junto com pedidos de abertura de inquérito do ministro Edinho Silva (Comunicação Social) e do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Mercadante e Aloysio ainda não são investigados oficialmente no STF.

Teori determinou apenas a abertura de inquérito de Edinho Silva por ter relação com a Lava Jato.

O ministro, no entanto, não autorizou inquéritos contra Mercadante e Aloysio. Nesses dois casos, o ministro enviou para a Presidência do STF definir a relatoria, uma vez que não há indícios de que têm ligação com os desvios na estatal. Os pedidos foram enviados para Celso de Mello.

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