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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu nesta quinta-feira (5) às articulações do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), para ocupar seu lugar no comando da Casa Cunha afirmou que o correligionário terá que esperar até 2017, quando termina seu prazo de dois anos na Presidência da Casa.
Reportagem do jornal O Globo na sua edição de hoje informa que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, pai de Leonardo, ampliou o debate sobre a sucessão à presidência da Câmara em encontro com a presidente Dilma Rousseff, o ministro Ricardo Berzoini e o assessor especial Giles Azevedo ontem. Como o jornal O Estado de S. Paulo havia mostrado no início de outubro, Leonardo Picciani é o preferido pelo governo para ocupar a presidência da Câmara em uma dobradinha com o PT.
"Em 2017 que se candidate", respondeu Cunha às tratativas de seu correligionário. Cunha e Picciani eram aliados próximos, mas a relação entre os dois azedou depois que o líder da bancada do PMDB na Câmara começou a se aproximar do governo. Picciani foi contemplado na reforma ministerial do mês passado com duas pastas para a bancada que comanda.
Cunha disse manter uma "relação normal" com Picciani e procurou minimizar a movimentação do peemedebista. "Sou presidente da Câmara, não sou líder do PMDB. Quem está cuidando da liderança do PMDB é o deputado Leonardo Picciani. Se ele, junto com o pai dele, está indo à presidente para tratar de assuntos do Rio ou do PMDB, tem que perguntar a eles e não a mim", afirmou Cunha.