LAVAGEM DE DINHEIRO

Justiça confirma condenação de petistas em caso ligado ao mensalão

Processo tramitava na Justiça de MG. Na denúncia, em 2006, o MPF disse que a liberação de recursos pelo BMG ao PT e às empresas ligadas a Marcos Valério se deu de maneira irregular

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Publicado em 27/07/2016 às 10:16
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Processo tramitava na Justiça de MG. Na denúncia, em 2006, o MPF disse que a liberação de recursos pelo BMG ao PT e às empresas ligadas a Marcos Valério se deu de maneira irregular - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região confirmou nesta terça-feira (27), a decisão que condenou o ex-deputado José Genoino (PT-SP), o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério e outros quatro ex-dirigentes do banco BMG por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro.

O processo é um braço do mensalão que foi desmembrado pelo ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, e tramitava na Justiça de Minas. Na denúncia, apresentada em 2006, o Ministério Público Federal afirmou que a liberação de recursos pelo BMG ao PT e às empresas ligadas a Valério se deu de maneira irregular porque a situação financeira dos tomadores era incompatível com o valor emprestado e as garantias, insuficientes. 

Com relação a Genoino, a pena foi reduzida de 4 para 2 anos, 10 meses e 20 dias a ser cumprida em regime aberto. A ele é atribuído o crime de falsidade ideológica por simular empréstimos para camuflar dinheiro ilegal para o PT, que presidia à época.

O advogado de Genoino, Claudio Alencar, disse que vai recorrer da decisão. "No final prevaleceu a tese de que os empréstimos foram simulados, mas isso não é verdade. Todos foram quitados pelo PT", disse. Ele afirmou que não houve determinação do tribunal para que a pena seja cumprida imediatamente.

Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende os ex-diretores do BMG, também disse que irá recorrer da decisão. O mesmo fará Marcelo Leonardo, advogado de Marcos Valério, que ressalta o fato de algumas penas terem sido reduzidas pelo tribunal. A reportagem não localizou a defesa de Delúbio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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