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Cardozo rebate Janaína e reforça tese de chantagem de Cunha a Dilma

Ao defender a presidente, o advogado ressalta que querem afastar uma mulher que incomodou as elites

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Publicado em 30/08/2016 às 13:24
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Ao defender a presidente, o advogado ressalta que querem afastar uma mulher que incomodou as elites - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O advogado de defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, rebateu a advogada de acusação, Janaína Paschoal, e reforçou a tese de que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de chantagear Dilma, "disse que não aceitaria pedido contra contas de 2014 porque elas não tinham sido votados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas as de 2015 também não foram". "Hoje golpes não se fazem com tanques ou armas, é destituição ilegítima de presidente", afirmou Cardozo.

 

 

Ao defender a presidente, o advogado ressalta que querem afastar uma mulher que incomodou as elites, inclusive ao não permitir que Lava Jato fosse obstada. "Se há uma pessoa absolutamente correta e íntegra no sistema político brasileiro é Dilma", declarou. 

A defesa tem insistido que criaram pretextos jurídicos para tirar Dilma, "que abrangem 'conjunto da obra". Cardozo tenta sensibilizar parlamentares e afirma que ela nunca tolerou irregularidades, "bastava cheirar suspeitas, que ia na jugular dos seus inimigos". "Acusadores colocam 'conjunto da obra' no bancos dos réus e se prendem muito pouco na análise da acusação", disse. 

Mulher

Mais uma vez a defesa usa como argumento que Dilma está sofrendo o processo de impeachment. Para Cardozo, não podem enxovalhar a "honra de uma mulher". 

Citando nominalmente o líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima (SP), ele afirmou que é indigno o assassinado de reputação que se faz no Congresso. "Disseram que Dilma tomava remédios, afirmaram barbaridades, mas nunca demonstraram que desviou dinheiro." 

Decretos idênticos

O ex-ministro da Justiça do governo Dilma e ex-advogado-Geral da União, reiterou, mais uma vez, que o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, baixou decretos idênticos aos de Dilma, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

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