POLÍCIA FEDERAL

Nova fase da Acrônimo mira em delator que omitiu informações

O empresário Benedito Oliveira, apontado como 'operador' do governador de MG Fernando Pimentel em esquema de corrupção e fraude eleitoral, é alvo desta fase

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Publicado em 27/10/2016 às 8:51
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O empresário Benedito Oliveira, apontado como 'operador' do governador de MG Fernando Pimentel em esquema de corrupção e fraude eleitoral, é alvo desta fase - FOTO: Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 27, a 11ª fase da Operação Acrônimo em três estados e no Distrito Federal. O empresário Benedito Oliveira, o Bené, delator da Acrônimo e apontado como 'operador' do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel em esquema de corrupção e fraude eleitoral, é alvo desta fase.

Bené é suspeito de ter omitido informações da Polícia Federal e foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado para depor e liberado. A Acrônimo investiga recebimento de vantagem indevida pelo governador quando era ministro da Indústria e Comércio Exterior.

A Federal informou em nota que estão sendo cumpridos 20 mandados judiciais, sendo 10 buscas e 10 conduções coercitivas. Os mandados foram autorizados pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara Federal de Brasília.

A operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para que empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas do Ministério da Saúde, Ministério das Cidades e Ministério do Turismo nos anos de 2011 e 2012.

A outra parte da apuração nesta fase mira em fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados.

"Posteriormente, o Ministério da Saúde utilizou a mesma ata fraudada", informou a Federal.

As ações desta quinta-feira são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça. O magistrado relator do caso determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância, por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte.

OS MANDADOS

Distrito Federal - 4 buscas e 6 conduções coercitivas

Rio de Janeiro - 1 busca e 1 condução coercitiva

São Paulo - 1 busca

Minas Gerais - 4 buscas e 3 conduções coercitivas

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