O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), deputado Cauê Macris (PSDB), pediu nesta quinta-feira (18) a renúncia do senador Aécio Neves (PSDB-MG) da presidência nacional do partido, após a denúncia de que Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS. Aliado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), Macris manifestou "indignação" com as acusações envolvendo Aécio e o presidente Michel Temer (PMDB), acusado de ter dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
"Não tem condição nenhuma mais de o senador Aécio Neves presidir o nosso partido e conduzir a nossa legenda pelo rumo do nosso País. Defendo, imediatamente, que o senador Aécio Neves renuncie ao cargo e que se defenda fora do comando da nossa legenda", disse o deputado em vídeo publicado nas redes sociais.
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Indignação
Ele afirmou que "a mesma indignação" era estendida ao presidente da República, mas não defendeu diretamente uma renúncia ou afastamento de Michel Temer. "Nós precisamos limpar, independente de cor partidária, independente de quem quer que seja, temos que mudar a nossa política e mudar as pessoas que comandam. Que não defendam mais seus interesses próprios acima do interesse do povo", declarou.