Crise Política

Maggi não acredita que crise política possa atrapalhar reformas

Uma coisa é a política e outra são as investigações", disse o ministro da Agricultura, em entrevista coletiva na qual detalhou o Plano Safra

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Publicado em 07/06/2017 às 16:30
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Uma coisa é a política e outra são as investigações", disse o ministro da Agricultura, em entrevista coletiva na qual detalhou o Plano Safra - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quarta-feira (7) que não acredita que a crise política envolvendo o presidente Michel Temer possa atrapalhar o andamento das reformas no Congresso e que acredita que, após o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os trabalhos serão retomados. "Eu espero que o Congresso Nacional consiga separar as coisas que estão acontecendo. Uma coisa é a política e outra são as investigações", disse ele, em entrevista coletiva na qual detalhou o Plano Safra 2017/18, anunciado nesta manhã pelo governo. "Acho que o presidente Temer tem dois momentos agora, que é esta questão do TSE, que se define por um ou dois dias, e depois o Congresso Nacional, para conduzir o restante das coisas", completou.

Maggi disse, ainda, que acredita que as reformas vão acontecer ainda, "principalmente a trabalhista", que já está caminhando no Senado. O ministro fez questão de rebater os argumentos daqueles que dizem que o texto tira direitos dos trabalhadores. "Eu discordo. Eu não vejo a perda de direitos, quem emprega vive no Brasil uma situação muito complicada, pois ele nunca sabe o passivo que tem", disse.

Plano Safra

O ministro rechaçou que o anúncio no Plano Safra 2017/2018 desta quarta-feira (7) fosse uma agenda positiva para contrapor o julgamento que acontece no TSE e argumentou que o evento já faz parte do calendário. Na cerimônia, Temer fez questão de destacar que vai "conduzir o governo até 31 de dezembro de 2018", o que foi corroborado por Maggi. "Eleição é daqui a um ano e meio", afirmou. Segundo ele, as reformas agora são importantes justamente para que elas não voltem a ser debatidas em 2019. "Tudo o que for feito agora, que evite que tenha de se discutir em 2019, certamente é um avanço para o Brasil. Estamos discutindo reformas que muitas vezes não serão saboreadas no momento, mas que serão de alívio para o País no futuro."

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