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Ministro Bruno Araújo rebate declarações de Fernando Henrique Cardoso

Bruno Araújo afirma que interromper o ciclo para começar outro governo, como defende FHC, é 'contraproducente'

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Publicado em 26/06/2017 às 11:29
José Cruz / Agência Brasil
Bruno Araújo afirma que interromper o ciclo para começar outro governo, como defende FHC, é 'contraproducente' - FOTO: José Cruz / Agência Brasil
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O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) afirmou que uma antecipação das eleições presidenciais de 2018, defendida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), provocaria um cenário de instabilidade política. FHC defendeu, em artigo publicado nesta segunda-feira (26) no Jornal O Estado de S. Paulo, que o presidente Michel Temer (PMDB) renuncie a Presidência da República e conduza a realização de novas eleições. 

"Ele (Fernando Henrique) pensa como intelectual, como sociólogo. O que grande parte do PSDB faz a conta nesse momento é que daqui a 12 meses nós estamos já num processo de eleição presidencial em um país que há 12 meses iniciou um novo governo. No sistema nosso a falta de continuidade gera um grande prejuízo. Uma pena que esses fatos mais recentes todos já reconhecem que o país já vinha em um ambiente de retomada muito forte", disse Bruno Araújo em entrevista à Rádio Jornal nesta segunda-feira (26). 

Segundo pesquisa do Datafolha, após a delação dos empresários da JBS citando o envolvimento do presidente Michel Temer, a aprovação do seu governo diminuiu de 9% para 7%. A porcentagem que considerava o governo ruim ou péssimo, subiu de 61% para 69%, de abril para cá. O ministro reconheceu a rejeição de Temer, mas ainda sim defendeu a estabilidade política. "Há uma descontentamento da população? Claro. Há uma rejeição com relação ao governo? Ninguém discute pesquisa. Mas o que as pessoas pensam: 'Chegamos até aqui, está na hora daqui a pouco de começar novas eleições. Vamos interromper um ciclo para começar outro governo que vai ficar só seis, sete, oito meses, é contraproducente", defendeu o ministro. 

2018

Segundo Bruno Araújo, a tendência para as eleições presidenciais em 2018 é novamente de um cenário polarizado entre o PSDB e o PT e por enquanto, não vê um nome em potencial do PMDB para a disputa. "A gente tinha dentro do PSDB duas alternativas, entre Minas (Aécio) e São Paulo (Alckmin). Agora está entre São Paulo e São Paulo. Se o governador Alckmin se mantiver firme ele sinaliza que é o nome dele. Doria também é um candidato competitivo", explicou Bruno. 

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