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Temer pede a Fachin afastamento de Janot das investigações

Segundo defesa do presidente, o procurador-geral da República tem "extrapolado" limites constitucionais

JC Online
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Publicado em 08/08/2017 às 16:50
Beto Barata/PR
Segundo defesa do presidente, o procurador-geral da República tem "extrapolado" limites constitucionais - FOTO: Beto Barata/PR
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O presidente Michel Temer pediu, por meio de seu advogado, nesta terça-feira (8), ao ministro Edson Fachin, a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, das investigações que o relacionam. Segundo o pedido, Janot tem agido de forma pessoal, "extrapolando em muito seus limites constitucionais e legais inerentes ao cargo". No caso JBS, Janot denunciou Temer por corrupção passiva, ação arquivada pela Câmara.

De acordo com o advogado de Temer, "já se tornou público e notório que a atuação do Procurador-Geral da República, em casos envolvendo o Presidente da República, vem extrapolando em muito os seus limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que
ocupa. Não estamos, evidentemente, diante de mera atuação institucional."

Para justificar o pedido, a defesa do presidente aponta declarações de Janot como provas do comprometimento pessoal dele na investigação contra Temer. Segundo Mariz de Oliveira, o fato do pgr ter dito que “enquanto houver bambu, lá vai flecha”, referente a denúncia contra o peemedebista, bem como o fatiamento de denúncia contra o presidente, já que é esperado que pelo menos mais uma acusação seja apresentada.

Mariz ainda aponta que "as declarações do Sr. Procurador durante o período de investigações e até agora denotam o seu incontido desejo de imputar crimes ao presidente, procurando para tanto garimpar provas, meros indícios, suposições e ilações que lhe deem respaldo para tanto".

Acusações contra Janot

Mariz também acusa Janot de interferência na Polícia Federal, ausência de imparcialidade, impunidade incompreensível e protagonismo excessivo e funções conflitantes.

Por fim, a defesa explica que "toda essa contextualização evidencia a clara suspeição do Dr. Rodrigo Janot para condução, no âmbito do Ministério Público, de casos envolvendo o Presidente da República, incluindo o presente", que trata sobre o 'quadrilhão do PMDB'.

Mariz afirma que o "senhor Procurador-Geral da República nutre um sentimento adverso ao Presidente da República, como aquele que caracteriza uma evidente inimizade" e pede para que Janot seja ouvido e em seguida substituído.

Veja íntegra do documento:

 

 

 

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