ACUSAÇÃO

Lava Jato tem parcela de culpa no falecimento de Marisa, diz Lula

"Você não pode dedicar uma vida inteira a cuidar do filho, fazer política de solidariedade, e de repente ser tachada de corrupta", criticou o petista

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Publicado em 28/08/2017 às 19:17
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"Você não pode dedicar uma vida inteira a cuidar do filho, fazer política de solidariedade, e de repente ser tachada de corrupta", criticou o petista - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, 28, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Norte, que os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato têm parcela de culpa no falecimento de sua mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia.

"Acho que esses meninos da Lava Jato têm responsabilidade com a morte dela. Porque você não pode dedicar uma vida inteira a cuidar do filho, fazer política de solidariedade, e de repente da forma mais banal possível, mais cretina, ser tachada de corrupta", criticou o petista à rádio 95.1 FM de Currais Novos (RN).

Lula voltou a sustentar que os integrantes da Lava Jato não têm outra saída a não ser pedir a sua condenação. "Esses meninos criaram uma mentira, fizeram um power point da mentira, fizeram uma história e agora não sabem como sair dessa historia."

Em seu 12º dia, a caravana de Lula está no Rio Grande do Norte para eventos em Currais Novos e Mossoró, após passar por Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba. O roteiro prevê ainda passagens pelos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão.

Bolsonaro

Em outra entrevista, transmitida ontem pela TVE Bahia, o ex-presidente declarou que a ascensão do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que já é tido como um nome competitivo para as eleições do ano que vem, é uma demonstração de "analfabetismo político" de parte do eleitorado brasileiro.

Para Lula, a força de Bolsonaro tem a ver com a negação da política. "Quando você começa a negar de forma sistemática a política, (dizer que) nada presta, tudo está errado, o resultado é isso. É alguém que não se diz político querer ocupar esse espaço", disse. "Você passa a compreender que, fora da política, você vai encontrar um cara que é diferente e que pode resolver, ou um político grotesco, como é essa figura, agressivo, que ofende as mulheres, que ofende negros. O Brasil tem que negar isso".

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