Eleição

Partido Novo mira no nordeste

A estratégia do Novo é angariar candidaturas e filiações nos estados nordestinos

Vinícius Sales
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Vinícius Sales
Publicado em 04/10/2017 às 22:36
Priscila Urpia/ABBC Comunicações
A estratégia do Novo é angariar candidaturas e filiações nos estados nordestinos - FOTO: Priscila Urpia/ABBC Comunicações
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Um dos principais dirigentes do Partido Novo, André Strauss, fará uma série de visitas aos estados do nordeste. O objetivo é reunir líderes do partido em cada estado e se encontrar com simpatizantes e filiados. Em conversa com o JC, André afirmou que o partido lançará candidatos para o pleito de 2018. Cargos como presidente, senador e deputado federal estão entre os planos da legenda, porém não citou nomes.

"Iremos lanças candidatos nos locais que tivermos estruturas e nomes para tal. Ou seja, uma quantidade de filiados razoável e um diretório funcional. Nós temos um processo seletivo para candidato. No final desse processo iremos escolher pessoas que sejam bem ranqueadas por nós. A ponto de ter: Bom alinhamento, uma boa capacidade de trabalho e, se for eleito, entregar as propostas e valores do partido". Em Pernambuco o dirigente afirmou que centrará as candidaturas para o Senado e Câmara Federal.

Em um cenário de acirramento político, legendas pertencentes à direita surgem como o contraponto da hegemonia partidária de esquerda. Apesar de não considerar o Novo como direita, André argumenta que o partido se baseia pelo princípio da liberdade "Nós fugimos desses rótulos: Direita, esquerda, conservador, liberal. Gostamos sempre de pautar os nossos valores e discutir ideias. Dentro to espectro econômico, defendemos uma diminuição do estado e um incentivo a iniciativa privada. Na parte direitos civil morais, sempre iremos defender as liberdades individuais. Dentro do conceito de liberdade com responsabilidade. Você quer praticar sua liberdade ? Tenha responsabilidade legal perante os atos."

Ele complementa dizendo que o surgimento dessa nova direita foi causada pela escassez de alternativas políticas. “Há uma tendência muito clara à uma rejeição do status quo atual. O PT e o PSDB, que tem se revezado no poder nos último vinte anos, seriam classificados como esquerda no resto do mundo e fazem parte desse status quo. A negação disso seria classificado como direita. Como são vários formatos novos, como movimentos de rua, João Doria, Bolsonaro e o Novo; existe uma certa pulverização ainda tentando encontrar um formato mais consensual. A priori não acreditamos que essas "novas direitas" efetivamente nos representam por não conseguirem encabeçar e emplacar os nossos ideiais e valores. Por isso não pretendemos fazer coligações para eleições proporcionais ou majoritárias.”

Recentes pesquisas eleitorais apontaram um possível cenário onde ex-presidente Lula (PT), caso não seja condenado em segunda instância, e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) estariam no segundo turno na disputa presidencial. Nesse sentido, Strauss comenta que o Novo ainda não avaliou a questão. “Ainda é cedo para se posicionar sobre isso, principalmente porque estamos entrando na campanha presidencial com candidato próprio. No segundo turno iremos analisar os prós e contras de cada candidato e ver qual dos dois seria a opção que mais se aproxima do escopo de atuação.”

Recentemente o apresentador Luciano Hulk esteve dentro do escopo de interesse do Partido, contudo André desmentiu que haja intenção de lança-lo candidato.”Não tivemos conversa com Luciano no sentido de lança-lo à presidente. Foi mais uma conversa com o nosso presidente, João Dionísio, na época, para lançar um projeto. Porém não houve um convite formal.

CLÁUSULA DE DESEMPENHO

O Senado aprovou na última terça-feira (3) o Projeto de Emenda Constitucional que extingue as coligações partidárias e cria a cláusula de desempenho. Com a medida, partidos pequenos, como o Novo, ou com pouca representatividade no congresso perderiam espaço no âmbito federal. “Os principais pontos da cláusula não afetam o partido diretamente, pois não usamos o fundo partidário. Agora quanto a não participação de debates e a impossibilidade de formar bancadas, é relativamente ruim.  Achamos que é uma forma de exclusão da democracia brasileira.

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