Emoção na Prisão

Na véspera do Natal, carta de neto emociona Paulo Maluf na Papuda

Maluf teve na noite de Natal um jantar composto de arroz com passas, tutu de feijão, carne assada e batata, como os demais custodiados do Centro de Detenção Provisória (CDP)

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Publicado em 25/12/2017 às 19:02
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Maluf teve na noite de Natal um jantar composto de arroz com passas, tutu de feijão, carne assada e batata, como os demais custodiados do Centro de Detenção Provisória (CDP) - FOTO: Foto: Divulgação
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A leitura de uma carta de um neto foi o único contato que o deputado federal Paulo Maluf teve com a família no domingo, 24, véspera do Natal.

"Ele ficou absolutamente emocionado", disse o advogado Antonio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay, que leu a carta para o cliente. O advogado conta que o ex-prefeito não teve permissão para ficar com a carta.

Natal de Maluf

Maluf teve na noite de Natal um jantar composto de arroz com passas, tutu de feijão, carne assada e batata, como os demais custodiados do Centro de Detenção Provisória (CDP). Este foi o cardápio ofertado aos presos da Ala A, Bloco 5, do CDP do Complexo Penitenciário da Papuda, onde se encontra desde sexta-feira.

O almoço de Natal, desta segunda-feira (25), contou com arroz colorido, feijão em caldo, frango assado e purê de cenouras. Nas duas refeições natalinas, para beber, havia suco de frutas.

Advogados se revezaram nas visitas feitas a Maluf nos dois dias. Segundo Kakay, o ex-prefeito de São Paulo está sendo bem tratado, mas tem sofrido com as más condições de saúde. O advogado afirma que Maluf tem necessitado da ajuda dos colegas de cela - cerca de quatro - para ir ao sanitário.

Para haver a visita de parentes, é necessário concluir um cadastro de pessoas na lista de cada detento, processo que leva alguns dias. Para presos classificados como vulneráveis, no CDP, como o deputado, as visitas são permitidas apenas nas sextas-feiras. Não houve alteração em função do feriado natalino

A defesa, no entanto, afirma ter a esperança de que antes da próxima sexta ele já consiga decisão favorável na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal para passar deixar o regime fechado e seguir para a prisão domiciliar.

O pedido da prisão domiciliar será analisado pelo juiz Bruno Aielo Macacari após o recebimento da perícia médica completa que pediu sobre o estado de saúde do deputado. O prazo determinado para entrega do laudo completo se esgota nesta terça-feira, dia 26. A defesa espera decisão no mesmo dia.

"Ele está sendo bem tratado na Papuda, e não tem reclamação nem da direção nem de seus colegas de sala nem de tratamento das pessoas que tomam conta dele. A questão é ver o que vai acontecer, se ele resistirá. Porque é muita responsabilidade de um médico falar que ele tem condições de ser tratado lá. Com é que pode ser tratado um cidadão que não levanta da cama sozinho, que não consegue tomar um banho sozinho?", disse Kakay.

"A situação é grave, é lamentável, acho que o IML e os médicos têm que ter essa responsabilidade de que disso está dependendo não só o bem-estar, mas a vida dele. Esperamos até por uma questão humanitária que essa prisão domiciliar seja concedida", disse.

Condenação

Maluf foi condenado em maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro, por desvios milionários em obras viárias como Túnel Airton Senna, Avenida Água Espraiada e Avenida Roberto Marinho, em São Paulo, da época em que foi prefeito entre 1993 e 1996.

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